13.10.08

10.10.08

4.10.08

24.9.08

nutella, pontos brancos e o tu, tu, tu...

aquele momento que você adquiri uma guloseima é único. a sensação de poder [financeiro] de optar por qualquer satisfação do lugar. da padaria mais cara do mundo. do supermercado, do mercadinho dos chinas, dos vários locais em que as guloseimas estão à disposição do cliente. se for falar naquelas casas específicas de doces, que rola no centro e nas principais vias próximas ao metrô, e terminais urbanos... ai é sacanagem a quantidade de opções por preço é bastante em conta.

mas o lance foi que manchester comprou um pote da poderosa e sedutora nutella, 'fabricado e distribuído por: ferrero do brasil, indústria doceira e alimentar ltda. avenida...' comprou na padaria mais cara do mundo e, por isso, óbvio, pagou bem caro: r$6,49, em um potinho de 180 gramas. um copinho, na verdade. e somente os bons de bolso ou os amantes do bom sabor do doce investem em uma guloseima. manchester é um da segunda opção, que tira dinheiro da boca das crianças pra colocar em doce.

mas, eis que o potinho adquirido na padaria mais cara do mundo, apesar de estar dentro dos prazos de validades indicados na [péssima] rotulação, trouxe formas estranhas. "já faz um tempo que a nutella tem vindo desse jeito aqui ó", disse manchester, me mostrando o potinho em seguida. realmente aquilo não parecia normal. como se brotassem das profundezas de um mar de chocolate de avelã, pequeno pontos brancos, redondinhos, 'habitavam' a superficie de avelã. [na lateral no copo é possível ainda sacar pontinhos brancos que lutam par chegar ao 'solo'.]

manchester tentou ligar várias vezes para o sac, quase ilegível no rótulo, e nas três vezes a ligação durou muitos minutos, até que ela terminou no tradicional toque de: tu, tu, tu, tu... o tempo foi muito que manchester até cochilou com o fone na orelha e acordou com o toque de interrupção de ligação telefônica.

das duas, várias. ou a ferrero do brasil não tem linhas suficientes para atender a sua 'vastíssima' clientela na terra brasílis, ou está todo mundo reclamando dos produtos da nutella...

é um descaso monstro com alguns setores dentro de uma empresa, como o atendimento ao cliente. que se fodam os clientes, pensam eles em alguns momentos. tenho certeza. clientes xaropes que não sabem de nada. é assim na maioria dos pensamentos mais íntimos.

o manchester não sabe se come a nutella. vou checar até se essa porra não é feita com 'ingredientes' transgênicos. vou tentar ligar lá de novo...

... resistência máxima.

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[atualização I] segundo a lista do greenpeace os produtos da ferrero do brasil não usam transgênicos.

[atualização II] falei com o pessoal do sac da ferrero do brasil e a letícia me disse que "isso é gordura do próprio creme, que dependendo das condições de armazenamento, pode ocorrer esse tipo de fenômeno". também disse que eu poderia trocar o produto, caso fosse do meu interesse. preferi mandar bala mesmo, da próxima vez eu troco.

16.9.08

elogio à crase[com crase]

por[pablo reynoso]Pensei que a última vez que meu amigo Hernán ouviria gente que reclama da crase fosse numa das aulas de português há muitos anos. Coisa distante, que ficou lá pro primário. Mas, não. Não ficou.

E não é que voltaram a atormentar o pobre do acento? Será que é só porque ele é ao contrário? Antes fosse. Reclamam é porque não sabem usá-lo mesmo. É de inconformar. E gente que teria a função de informar o povo, também não gosta dele. É até admissível que algumas pessoas não saibam, afinal, já diria a mãe de Hernán, "ninguém é uma enciclopédia ambulante".

Mas não é isso. É que uma confabulação de alguns donos da palavra sugeriu extinguir, acabar com a pobre da crase! Que absurdo. Cúmulo da falta de conhecimento. Será que um médico cirurgião então não precisa saber trabalhar com um bisturi? Socorro!

O que me resta é mandar um abraço à crase. Com crase. Eu gosto dela.

11.9.08

do morro [discurso aos medíocres]

e do alto do morro ele gritou. como se todas as energias daquele gritar transformassem os sonhos em realidade, e as injustiças seriam adulteradas em forma de justiça.

"lá, bem prá lá pro lado das outras vidas. aquelas que serão mais agradáveis. que serão mais loucas, mais intensas. receberemos os medíocres de braços abertos. fiquem à vontade nesse mundo de hipocrisia e desigualdade. onde quem pode mais é aquele que tem dinheiro. fodam-se os medíocres, que se danem os homens de pouco caráter, que tiram do cidadão o direito de deixar suas vidas menos pesadas, dolorosas...

toda noite ele gritava isso. ficou rouco, é claro, muitas vezes. e o discurso era imenso.

após acabado o discurso que executava [quase] todos os dias, aproveitava para organizar as operações do dia seguinte. no seu negócio lucrativo, mas não para ele. mas sim, para os homens de colarinho branco. aqueles mesmo que entre ano e outro exploram as mazelas da sociedade em próprio benefício, e de seus pares.


seu negócio era sinistro. ele sabia disso.
trabalhar no tráfico tem suas conseqüências.

o morro era o do cantagalo. terra de bezerra da silva.

salve bezerra!

6.9.08

pagamentos[finalmente]

agora sim. manhã de sabadão e todos os pagamentos em atraso foram cumpridos. tudo bem que mais uma vez quem pagou primeiro foi a empresa mais pobre. os ricos, como a editora agosto[de deus] e o grupo município, foram os últimos a pagar. sempre naquele esquema final do expediente. "pagaremos no dia tal", mas sempre é "o dia tal mais um".

agora sim. o justo.

3.9.08

atualização[grupo município] e afins

gostaria de contar aqui que mais um personagem entrou na história do quase-calote do grupo município. a secretária, que sabiamente eu não alcunhei de secretina como a outra da editora agosto[de deus], me pediu para checar com a minha instituição bancária se havia algo errado com a minha conta. e não foi que solucionou o caso?

[a secretária do grupo munícipio é a verdadeira secretária. disposta a solucionar os problemas e em nenhum momento colocou a culpa no sistema, ou na posição dos astros no dia do pagamento. nota dez para ela, que ainda me disse que se não cair na sexta-feira "a gente assalta um banco"]

a gerente do meu querido e amado banco me disse que o número do banco havia mudado, apesar de eu ter visto há exatos 30 dias no site antigo do banco [que foi comprado pelo banco daquele empresário, que morreu outro dia e tem nome de pedra]. ou seja, nenhum problema de pagamento não-feito fica isento de contar com uma cagada bancária.

agora disseram que vão fazer o pagamento... mas só na sexta-feira (dia 5). o mesmo dia que a secretina da editora agosto[de deus] prometeu que pagaria. vou esperar a coincidência se concretizar. não é lindo?

ps — tem uma revista que eu escrevo regularmente e entrego as matérias sem atraso, na maioria das vezes, que havia comentado de um certo cascalho que estava para cair. assim como as grande coorporações, também não cumpriu ainda com a promessa. dessa vez, foi a pobre "gráfica que descontou um título antecipado e deixou a conta da revista" no vermelho. e eu com isso?

'ou seja galvão', como diria um comentarista almofadinha de fórmula 1, a gráfica recebeu.

e eu? claro que não. [ainda]

2.9.08

êta fase[de novo calote pintando?]rs

depois da saga [que ainda não acabou] do semi-calote que por enquanto recebi da editora agosto[de deus] foi a vez de 'descobrir' que outro grande centro da imprensa brasileira, o grupo 'Município', também não cumpriu com sua, mínima, obrigação.

eu, pelo menos, cumpri a minha da melhor maneira possível durante os jogos olímpicos da hipocrisia. mas, infelizmente, alguma coisa deu errado com o meu pagamento [que não foram os dados que passei, porque acabei de checá-los na planilha da secretária — essa ainda não pode assumir a alcunha e ser comparada com a secretina da editora agosto(de deus), pois].

acho que vou colocar um computador debaixo do braço e ir embora pro manchester.

será que me deixarão passar na portaria com ele? posso receber o salário na portaria também?

vou tomar um banho de sal grosso. na miúda, com esperanças de que a zica passe logo.

eita fase do caralho!

tevê a cabo[de encher o saco]

tava aproveitando a brecha que a net deu para seus assinantes pobres. aqueles que não podem pagar pelo pacote maxi-plus-mega-hiper descolado, com 80 canais gringos e 30 outros de pay-per-view de cinema. enquanto manchester prepara mais uma de suas intervenções urbanas, que tô pensando se vou registrar, coloco no canal brasil. um dos preferidos quando rola o boi da net junto com o history channel...

eis que vejo a chamada do filme baixio das bestas, que muito me deixou curioso quando assisti um bate-papo com o diretor, cláudio assis. o cara me pareceu um idealista nato. na linha do comunismo, talvez. mas o comunismo não é mais o comunismo, assim como o socialismo. mas isso pouco importa. o lance é que quando vi o matheus nachtergaele, que deve ser o protagonista do filme. foi então que me bateu uma certa preguiça.

ver o cara ali, falando com as câmeras, me tirou a vontade máxima de ver o filme. o trabalho do ator é maravilhoso. só que os atores dessa linha, oriundos do norte-nordeste do brasil, são hipervalorizados no sudeste, por exemplo. matheus nachtergaele é endeusado em são paulo. gero camilo é outro reverenciado pela elite da classe teatral paulistana. wagner moura nem se fala. e o parceiro lázaro ramos aparece de hora em hora na televisão. igual resultado da tele-sena.

não que o trabalho deles não seja bom, ótimo, qualquer que seja o adjetivo. o lance é que eles enchem o saco aparecendo a todo momento. perde-se então a admiração máxima. o nachtergaele por exemplo, não só apareceu na chamada para o filme, mas também estava sendo entrevistado em um documentário sobre a lucélia santos. e estava no filme que veio na seqüência. não me lembro o nome. uma overdose de nachtergaele. uma hora enche o saco. como várias coisas na vida. e troca de canal.

sei lá, o selton mello aparece bastante também, mas não costuma fazer novela.

será que é essa a causa maior para a minha rejeição ao pessoal do norte-nordeste, a novela? será que e é preconceito da minha parte? será que eles não são tão bons como a elite teatral paulistana costuma alardear por ai? qual o motivo de tanta pagação de pau para alguns, e pouco [talvez nenhum] reconhecimento para outros atores/artistas? a mídia abusa do improvável [na visão da mídia, por exemplo, uma pessoa humilde sair do interior de pernambuco, mostrar seu trabalho e ainda ser reconhecida]? será que o selton mello causa menos impacto [se causa] por conta da sua vivência na região sul-sudeste do brasil? será que ele é mais paulista/carioca e irrita menos?

não sei, são tantas as questões... que nem mais com 'grandes vontades' fiquei de ver o filme.

27.8.08

manifesto[do otário]sobre trabalho

o otário pegou um texto para uma revista mensal da editora agosto[de deus]. ele elaborou a pauta primeiro. um parceiro havia lhe colocado no fechamento daquela edição. gente fina, lutou para conseguir um trocado maior para o otário. depois de aprovada a pauta sobre os jogos olímpicos da hipocrisia para a revista, daquelas que são criadas com o intuito de vender anúncios, mas que são empurradas como a salvação em termos de grade de programação.

uma pauta enviada. e a graça alcançada pelo otário. 30% de aumento. a pauta bem feitinha deve ter chamado a atenção de quem comanda a grana. comoveu o pessoal da editora agosto[de deus]. o otário então fez tudo bonitinho. ficou contente quando aprovaram uma sub em que explicava a situação dos monges que apanhavam dos comandantes do país vermelho. comunistas. tudo foi enviado rapidinho, no prazo estipulado. o intermediário foi o amigo, que saiu de cena.

ficou então a negociação para receber o cascalho pela sua dedicação, que o otário admitiu não ter sido tão complicada manter. foi até um mel na chupeta. como o amigo havia prevenido, quando o otário falou sobre suas inseguranças e a possibilidade do trabalho ser infinito. a lei da mais valia é constante, ainda mais na editora agosto[de deus], com seus programas de trainee, iludindo e inutilizando para o bem uma geração de pessoas que poderiam ajudar mais os seus iguais.

receber o que lhe era de direito não foi tão fácil, como havia sido nas outras vezes que gastou tempo trabalhando por lá. da primeira vez que ligou para a secretina hipócrita da editora agosto[de deus] sabia que tinha ultrapassado o prazo. ela perguntou ao otário se gostaria que ela conversasse com o rh da editora agosto[de deus] para 'dar um jeitinho' na situação. o otário, como todo bom otário, disse que não. que "sabia que estava fora da regra do sistema deles".

afinal, descobrir que poderia receber o levado pelo préstimo de seu trabalho somente 53 DIAS [1 mês e 21 dias, ou sete semanas] após o término dele não seria o problema. o otário então foi até a sede da editora agosto[de deus]. assinou os papéis e confirmou que só receberia o levado no dia estipulado, ao término dos 53 DIAS. o otário acreditou e se programou em cima disso. passados os 53 DIAS nada do cascalho cair na conta. o dinheiro acabando, e nada da grana cair.

foi então que o otário resolveu ligar para a secretina, o diálogo foi o que se segue:
— alô. quem fala? sou o otário, secretina. fiz um freela para a revista da editora agosto[de deus] e, pelo que anotei no dia que assinei os papéis era para ter caído hoje, e nada.
— ah, otário. sei. me passa o seu cpf. tá. agora passa um telefone, eu te ligo. obrigada.
tu, tu, tu, tu, tu...

o dia se passou, o otário gastou o dia preocupado, sem aproveitar o tempo livre conquistado após 18 dias seguido cobrindo da redação [da outra marginal] os jogos olímpicos da hipocrisia. precisava do dinheiro para comer. não que estivesse passando fome. mas gostaria de curtir aqueles dois dias. dias de gozo e tesão pelo sol. queria registrar o céu.

no dia seguinte, logo cedo, 9h47:
— alô, secretina. sou o otário de novo. tô ligando para...
— nossa, otário. eu nem te liguei ontem, né? tava maior correria aqui.
— sei. e...
— olha, eu tava olhando aqui com o rh e o seu pagamento está previsto para daqui 15 DIAS. a minha diretora só aprovou a conta depois do prazo e...
— e eu vou receber o meu levado só depois de 69 DIAS que eu entreguei tudo? pôxa, se eu soubesse que meu pagamento não iria cair nesse dia, não teria ido ai na sede da editora agosto[de deus] no meio daquela chuvarada toda que caiu em são paulo.
— é mas...
— quando eu estava fora do prazo, eu mesmo assumi que tudo bem, que não poderia ter ido mesmo assinar os papéis por conta de uma gripe, e que não havia problema algum receber 53 DIAS depois. mas me programei pra isso. e agora você me diz que sua diretora não assinou...
— mas é coisa do sistema aqui. não vai dar pra mudar. mas eu vou mandar um emeio pro rh agora, perguntando sobre o que pode ser feito e te dou um retorno.
— tudo bem. mas por favor, teria como REALMENTE me retornar, porque eu preciso me organizar, descobrir de onde eu posso tirar dinheiro? sou otário, mas não sou burro.
— pode deixar que eu retorno. tchau
— tchau.

passadas 2 HORAS:
— alô, otário?
— é ele.
— é a secretina, tudo bem? acabei de receber um emeio agora do rh e eles anteciparam o pagamento para o dia 5.
— tudo bem.
— então tudo bem.
tu, tu, tu, tu, tu...

24.8.08

equipamento[de monstro]

tenho me aventurado na arte da fotografia. meu equipamento ainda é modesto, mas também não é pouca coisa. um corpo da canon, três lentes, um flash e um tripé. com isso, se fosse bom para caralho [com bastante estudo e experiência], já conseguiria fazer de [quase] tudo. mas pra's olimpíadas de pequim eu não poderia ter ido. ha ha ha.

olhem só a quantidade de equipamento que o fotógrafo de nova iorque, vincent laforet, levou pra pequim. agora dá para entender um pouco do porquê que uns lambe-lambes cabulosos conseguem extrair o máximo do momento e registrá-lo no filme, ou no ccd.

nada de inveja, muito pelo contrário. é só admiração mesmo.
tem mais imagens aqui.

16.8.08

do [irritante] metrô...

... nos vagões, as pessoas costumam comentar sobre poucos assuntos:

ou falam da vida dos outros, ou falam sobre dinheiro ou metem o pau no trabalho.

— e você, fala sobre o quê?
— eu não falo. escuto o que entra sem pedir, mas prefiro um bom reggae.

no melhor estilo usain bolt.

14.8.08

me recuso

todas as manhãs tenho de escolher a quantidade de realidade que vou encarar naquele dia. pelo menos até o momento em que as responsabilidades estejam completadas, e a régua já tenha sido passada. a cada pílula de 'veneno da verdade' ingerida, mais absurdo e incoerente o mundo parece, como o ser humano, ser. a vontade de se dar melhor que a pessoa ao lado, a qualquer custo, acaba refletindo. no dia. o próximo que se foda.

a verdade não é tão legal assim, não por acaso que os publicitários conseguem cada vez mais manipular os desejos e as necessidades reais. a publicidade só funciona para vender. na hora de educar ela é falha. um cartaz indicando que você não pode beber, e se beber não dirija, não consegue se impôr diante das bundas que estimulam o consumo da bebida, por exemplo. o objeto pouco importa. da mesma forma que o bem-estar de quem esteja ao lado importe menos. ainda.

vou tentar maneirar nas doses de veneno... senão fica complicado encarar a realidade da maioria. e é nesse plano que pretendo ficar por uns tempos. descer ao fundo da piscina e depois retomar as braçadas valorizando o fôlego e a respiração conquistada.

mas eu prometo que me recusarei a aceitar a decisão.

12.8.08

8.8.08

proporções[cabulosas]

a rotina mudou de repente e a memória passou a funcionar de maneira diferente. lembranças antigas, do tempo em que nem sabia direito o que seria a vida [não que agora eu tenha absoluta certeza disso]. início de relações que perduraram firmes na vida. pessoas que passaram por experiências tão cabulosas, dolorosas, agressivas... mas tudo na proporção certa. no momento da crise, as coisas podem parecer monstros que não existem na verdade. apenas assombram. basta não se entregar.

5.8.08

olha ela ai!

finalmente, a chuva caiu!

30.7.08

passa a bola, giba!

o giba disse que vai devolver o 'tapa' [na cara?] que o estados unidos deram na poderosa equipe de bernardinho na semifinal da liga mundial de vôlei. a coisa foi feia mesmo. já que os poderosos e gostosos jogadores de vôlei estavam competindo no brasil, mais precisamente no rio de janeiro, diante da histérica e comprada torcida do banco do brasil.

mas eu queria dar uma dica pro melhor jogador do mundo:
PASSA A BOLA, GIBA! PORQUE OS AMERICANOS JÁ FIZERAM A CABEÇA!

corre a boca miúda que o melhor jogador de vôlei do mundo não parou de consumir a maléfica cannabis depois que foi flagrado no antidoping, em 2002. disse que ficou até arrependido por ter consumido a maldita erva na época.

não é bem isso que já escutei de pessoas ligadas ao vôlei. pessoas que conheceram o cara antes de virar esse fenômeno. antes de sair do anonimato. muita fumaça subiu pra cabeça antes de cair nas graças da rede grôbo e das grandes coorporações.

pra mim, como pessoa, giba é um grande jogador de vôlei.

29.7.08

tutube [doc. rasta]


o mais puro rasta, rasta!
o som, as palavras, a tranqüilidade.
os batuques que ecoam e aliviam.

jah, ras tafari!
haile selassie, o primeiro

ps - a olhadinha pra trás e o que vem de discurso a partir dos 5min45 é sonoro.

28.7.08

eua na crista golpista

uma ong americana, a national security archive, divulgou um relatório. diz que os estados unidos estavam envolvidos no golpe militar contra hugo chávez em 2002, na venezuela.

o que será que os ianques irão declarar desta vez?

25.7.08

viva o pedestre [o enjeitado] pelo poder público

escrevi ontem sobre a situação e a conivência das autoridades com as infrações de trânsito em são paulo. enquanto a populista lei seca [porque tem a missão máxima de elaborar bons números e estatística para ser usada em campanha eleitoral] é aplicada com subjetividade e esperteza, os pedestres não conseguem que as mínimas leis destinadas a quem anda na rua em são paulo sejam respeitadas, sobretudo, pela turma dos veículos motorizados.

por coincidência ou não [eu ainda não sei ao certo como chamar isso, mas tem acontecido muitas vezes e não é só casualidade], a coluna 'tendências e debates' da folha de s.paulo de hoje [25.jul.08] abordou um tema interessante para nós pedestres. [nota: nem carteira de habilitação tenho]. mas como os principais textos da folha na internet são apenas para o gloriosos assinantes, eu vou reproduzir o texto escrito pelo bacharel em direito cássio schubsky.
------TENDÊNCIAS/DEBATES:

O PEDESTRE NA MÃO

CÁSSIO SCHUBSKY


É impressionante que, em meio a todas as promessas sobre o tema da mobilidade (ou imobilidade), o pedestre fique totalmente esquecido
AS ELEIÇÕES municipais estão se aproximando, e a mobilidade _talvez fosse melhor dizer a imobilidade_ desponta entre os temas prediletos das candidatas e dos candidatos à Prefeitura de São Paulo (e, certamente, de outras metrópoles Brasil afora).

Pudera: trânsito infernal e sistema de transporte público precário produzem um resultado nefasto, afetando o cotidiano de todo mundo. E, apesar dos alertas dos especialistas em transporte público e planejamento urbano, ano após ano, o trânsito só piora, e a velocidade média de carros e ônibus diminui. O Metrô e os trens, por seu turno, estão cada vez mais saturados, com excesso de passageiros _novas estações vão sendo construídas, sim, a passo de tartaruga. Para completar o cenário, os recordes sucessivos de produção da indústria automobilística nacional apontam para um futuro ainda mais tenebroso.

É claro que, às vésperas do pleito municipal, não faltam malfadadas soluções milagrosas. Há quem garanta que vai construir dezenas e mais dezenas de quilômetros de metrô, com recursos que nascerão nas árvores.

Abundam promessas de implantação de centenas e mais centenas de corredores de ônibus, com dinheiro que vai brotar do chão. Sem falar nas idéias de jerico, de que o Fura-Fila talvez seja o melhor exemplo. Só falta agora o trenó do Papai Noel para melhorar o transporte de passageiros...

Pedágio nas marginais, ampliação do rodízio, mais restrição aos veículos de carga _o eleitor pode dormir tranqüilo, porque, depois das eleições de outubro, tudo vai melhorar.

Não é preciso ter nenhuma bola de cristal para perceber que, quando os votos estiverem computados, acordaremos, e o tráfego vai piorar, como num pesadelo. E certamente não teremos sonhado _pois tudo é demasiadamente real.

É impressionante que, em meio a todas as promessas, o pedestre fique completamente esquecido. Talvez eu esteja muito desinformado, mas não li, nem vi, nem sequer ouvi uma única declaração, até agora, sobre propostas de melhorias para essa larga fatia da população, ou seja, quase todo mundo, que, uma hora ou outra, ou todo dia, ou sempre, anda a pé.

Como não sou candidato a nada, porque, naturalmente, o meu negócio é batucada, ofereço, de bandeja, algumas sugestões de fácil consecução para melhorar a vida do pedestre.

Em primeiro lugar, é preciso rigor extremo com os buracos nas calçadas.

Já existe norma legal obrigando proprietários de imóveis a manter o trecho fronteiriço à sua propriedade em bom estado. No entanto, qualquer estatística no setor de fraturas de prontos-socorros e hospitais demonstra a estúpida quantidade de vítimas de lesões graves em cabeças, bacias, ombros, pernas, tornozelos, cotovelos, braços e antebraços, muitas delas causadas por calçadas esburacadas.

Como a Justiça não previne eventuais danos pessoais e é lenta para reparar os males materiais efetivamente causados, cabe à prefeitura, creio, punir os irresponsáveis. Ou seja: vamos deslocar um contingente de marronzinhos para multar os criadores de crateras no calçamento. E, se não puderem ser os marronzinhos, que sejam os azuizinhos, os verdinhos, os rosinhas _qualquer cor serve.

Ampliar as faixas de pedestres, com pinturas e repinturas, é algo tão simples que não dá para entender tanto descaso. O mesmo para os semáforos em vias movimentadas. Exemplo gritante: no entorno da praça da Sé, em larga extensão, faltam semáforos, por incrível que pareça.

Chegou-se a ensaiar a implantação de faróis para pedestres mostrando o tempo disponível para a travessia. Vi um assim, outro dia, no largo São Francisco e fiquei até animado. Doce ilusão. Nem esse existe mais. Sumiu.
Então, o negócio é correr dos carros para não ser atropelado _isso se você não for idoso ou pessoa portadora de deficiência, que padecem ainda mais que os demais pedestres.

Ora, andar faz bem para a saúde física e mental, desde que as condições para o transeunte sejam adequadas. Depois, pedestre nunca anda na contramão, nem atropela, nem sequer excede a velocidade permitida.

Por fim, há de se considerar uma grande vantagem que leva hoje o pedestre sobre o motorista que se locomove (loucomove!) por aí: quem anda a pé está fora da Lei Seca, podendo se alcoolizar e sair fazendo serenata, tropeçando no meio-fio sem que, por isso, a autoridade constituída venha a entubar-lhe um bafômetro goela abaixo (medida sóbria, aliás, cujos efeitos positivos já se fazem sentir à farta). É a volta do bêbado com chapéu-coco, fazendo irreverências mil, cambaleando nos buracos, escapando dos carros nas esquinas sem faixa ou semáforo.

Viva o pedestre, o enjeitado pelo poder público!


CÁSSIO SCHUBSKY, 42, bacharel em direito pela USP e em história pela PUC-SP, é editor e historiador.

24.7.08

o maior bobão [flagrante]

foi por isso que o democrata gilberto kassab restringiu o tráfego de caminhões em são paulo?

a verdadeira intenção seria deixar as grandes coorporações e seus funcionários mal treinados [pra não dizer estúpidos] cometerem crimes de trânsito com mais tranqüilidade?

kassab não usa as faixas de pedestres em são paulo. a cidade que quer comandar por um mandato completo. nota-se que ele não usa. porque as próprias faixas estão ridículas. apagadas. camufladas. [as ondulações nítidas no asfalto não se comenta]

kassab é um democrata, bem longe do verdadeiro sentido de uma democracia. como essa que dizem existir no brasil.

dá um tempo. e some.
seu bobão!

22.7.08

midiáticas[do G1, da grobo]

22/07/2008 - 15h06 - Atualizado em 22/07/2008 - 16h01

Explosão provoca susto na Avenida Paulista

último parágrafo: De acordo uma funcionária da Academia Bio Ritmo, a explosão chegou a deixar as pessoas que estavam na academia preocupadas. “Foi como uma explosão mesmo”, disse a mulher, que estava em um setor administrativo da empresa no 17º andar.
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poderia ter sido como um sussurro, ou um estalinho de salão?

com uma dessas só mesmo pra ficar no anonimato. mas não a funcionaria, e sim a besta do repórter que escreveu isso e não teve coragem nem de assinar o texto.

se esconder atrás do anonimato é tranqüilo. bem o estilo dos barões da imprensa. que manipulam e nos enchem de inutilidades a cada noticiário, sobretudo na tevê.

educar e contribuir para que as coisas fiquem menos fodidas para o povo eles não pensam. as concessões públicas de televisão ajudam e colaboram para a ignorância de um país que poderia ser muito mais que isso. mas não é.

sei que é clichê isso tudo que escrevi, mas que se foda. clichê é não discutir e tentar revolucionar pensamentos. de clichê em clichê... nada muda nessa porra.

16.7.08

enfim, 18 anos servindo [às panelas]

até agora 18 anos se passaram. e, com a maioridade, parece que as críticas ficaram mais contundentes. vale a pena dar uma clicada AQUI e sacar o excelente texto. foi escrito pelo sociólogo carlos alberto dória. o cara conseguiu resumir o que muito artista [de teatro, televisão, cinema, artes plásticas e visuais, circo, rua...] não tem nem idéia do que se trate.

a lei rouanet morreu faz tempo e só agora os 'artistas-de-verdade' se ligaram. mas, antes, aqueles 'nem-tão-artistas-de-verdade-assim' podem ter se ligado e aberto a panela antes. acabou não sobrando muita coisa. a rapa da panela é claramente indigesta. sobrou nada.

separei alguns trechos do texto. talvez alguém consiga ver uma certa reflexão, como um espelho que mostra um pouco da realidade. apesar de muito narciso tentar escondê-la com argumentos panelísticos. mas estão na deles. amparados pela lei.

quem não tiver coragem de clicar [ou ler] o link do texto, vai ter de se contentar com os trechos escolhidos pela edição.

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sobre o uso do jeitinho brasileiro em benefício próprio:
(...) Como os interesses governamentais e dos produtores culturais nem sempre coincidem, o governo tem que responder sempre: com que critério destinou a grana para tal ou qual beneficiário? O governo imaginou que, com a Lei Rouanet, se livraria da cobrança de ter que formular uma política cultural para o país. Respirou aliviado, mas por falta de qualquer política a própria Lei Rouanet se tornou “a” política no seu sentido mais mesquinho.

Os grupos de produtores se organizaram de modo eficiente (envolveram deputados, criaram grupos de pressão, meteram firulas nos regulamentos da lei etc.), de modo a garantirem “o seu”. Os “de fora”, diante do sucesso dos concorrentes, tendem a proceder da mesma maneira. Como ninguém no governo quer decidir publicamente para quem dar a grana, criaram-se mecanismos “impessoais” (e irresponsáveis) de decisão (...)

sobre a gana do setor de produção cultural após a criação da lei:
(...) A voracidade dos produtores culturais, pressionando o Estado por mais e mais recursos, acabou por limitar os próprios movimentos do próprio Estado em prol da cultura(...)

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[nota --- o venenodubem.org não usufrui de leis de incentivo de qualquer espécie. portanto, pelo menos por enquanto, ou até a primeira chance, não faz parte da famigerada panela cultural. quem sabe um dia?]

10.7.08

show de horrores[por patrícia poeta e zeca]

estava eu no jornal no último domingo. cobrindo férias. pouco antes de ser dispensado, escutei na televisão uma chamada do 'pôgrama' do fantástico. prometiam: "pela primeira vez câmeras acompanharam cada momento de uma família ao descobrir que o filho adolescente está usando drogas". um maconhêro. um usuário de cannabis. mas bem de pertinho, com direito a closes, câmeras escondidas. um verdadeiro espetáculo.

acabei de assistir o vídeo e o choque rolou naturalmente. porque o absurdo e superficialidade dos assuntos tratados no vídeo "teen angels", segundo a grede grôbo produzida pela britânica tevê bbc. na verdade, o programa é uma espécie de reality show, no estilo daqueles do canal people & arts. na linha do supernanny, reforme sua casa, troca de esposas...

no excelente growroom, espaço que sempre foi a favor e estimulou o debate sobre a legalização da cannabis no brasil, foi publicado um texto excelente sobre a atuação da mídia e a manipulação das informações de acordo com os interesses do sistema. e o goró que ele toma, por exemplo? a bebida não é citada como fator em nenhum momento.

muito me admira a rede grôbo colocar no ar matéria/programa editado com um conteúdo tão panfletário e focado na desinformação. se fosse alguma coisa séria, a análise não ficaria restrita apenas ao uso da maconha. teriam de mostrar como é a relação entre as pessoas daquela família. tendenciosa e muito de mau gosto a matéria.

eles precisam estimular um debate sadio, de palavras. não debates que se resumem a ligações ou mensagens sms. as cartas precisam ser colocadas na mesa. ou pelo menos nos poupe de absurdos como esse. não estamos nos estados unidos do início do século.
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então, surge a pergunta:
?????
a patrícia poeta e o zeca camargo não ficam com vergonha quando encontram seus amigos maconheiros para uma sessão de boa música, regada a vinho, fumaça, e outras 'cositas mas'
?????

26.6.08

profundamente

ontem acordou com saudade. não sabia exatamente dizer de onde vinha essa saudade. confessou-nos. mas ela apertou o peito o dia inteiro. tentou então se entregar aos trabalhos, até conseguiu finalizá-los. mas o aperto não passou. aumentou conforme palavras foram saindo da sua boca. com nexo, mas talvez desconexo do contexto atual. o contexto da saudade.

à noite. quando já se achava intocável. um velho ator o fez lembrar da saudade. já tinha detectado o vazio durante o banho. um vazio que vem acompanhando seu caminho desde que ela partiu. de supetão. paulo autran não aliviou a paulada. ainda jovem, recitou um poema de manuel bandeira, mas parecia que as palavras foram apenas aos seus ouvidos. mais ninguém escutou...

(...)

Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci

Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?

— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.*

ainda antes do poema terminar, o coração já pulsava mais forte. tentava bombear o que naquele momento parecia ter sumido. o aperto no coração virou estrangulamento da alma.

foi difícil não chorar... pouco

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[*]trecho do poema 'profundamente', do
poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro manuel bandeira. poema publicado em 1930 no livro intitulado Libertinagem.

19.6.08

levante!

... e por achar que as coisas deveriam ser sempre pra frente, o passado foi ficando para trás. um pouco esquecido. talvez um escudo contra sentimentos, contra incertezas. sobretudo aquelas incertezas que hoje estão mais certas do que nunca. acontecimentos acontecem para acontecer, para fazer acontecer na vida. no processo que os seres humanos devem todos passar aqui no planeta chamado terra, mas que deveria ser chamado de 'planeta água', mas que um dia poderia ser mais conveniente ser chamado de 'planeta fumaça'. ainda mais se as poeiras do passado subirem após o sopro. deixa subir.

14.6.08

avante!

minha vida sempre foi pra frente. sempre. a meta foi jogar o jogo de todos: 'fazer a fita para a sociedade [isto é, fazer uma faculdade, conseguir um trampo decente, constituir família, ajudar o próximo...]'. acho que de certa forma consegui, me sinto livre para buscar. seja o método qual for.

no dia cinco de maio agora completei dez anos de jornalismo. na data nem me lembrei. hahaha. trabalhei bastante nesse tempo. comecei meio cedo, ainda na faculdade, tive sorte. e competência pra segurar o rojão sem nem mesmo saber escrever direito. cru, mas cheio de vontade. ideais.

o tempo passou, acontecimentos marcaram minha vida fortemente, e a mente foi levada para caminhos que nunca tinha imaginado alcançar. várias porradinhas e uma pancada máxima foram cruciais para o amadurecimento. ainda sim me sinto um privilegiado.

temos de colher o máximo, sempre. a vida [deus-tempo] empurra.

12.6.08

tinha essa aqui

imagem[delima]dubem

10.6.08

anônimo revoltado[como muitos]

o texto foi assinado por um certo 'anônimo revoltado'. talvez anônimo porque pode representar a opinião da maioria dos brasileiros anônimos que acompanham as transmissões de automobilismo no brasil. beira o ridículo tudo isso. e pouca gente tem coragem de falar sobre.

eis o texto na íntegra e sem edição:
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Bem amigos da Rede Globo!

Neste domingo vivi uma experiência ímpar: assisti as 500 milhas de Indianápolis com a “super-cobertura da Band”! Apesar de ser um fã de automobilismo (sim, às vezes pego pesado: até fórmula truck eu dou umas olhadas) eu ia desistir. A transmissão da dupla Luciano do Valle-Willy Hermann é tão ruim... que acaba ficando boa! A diversão é garantida, involuntariamente, é claro.

O Bolacha simplesmente não consegue acertar o nome de ninguém. “Essa Mika ta micada!” O trocadilho seria aceitável se o nome da venezuelana fosse Mika, mas é Milka. Com o Andretti, então, foi uma festa. “Lá vem o Mário Andretti!”. O repórter Celso Miranda, na base da velha amizade, entra para avisar: “O Mário está aqui pertinho de mim Luciano, torcendo muito pelo neto, o Marco”. Passam algumas voltas e, na terceira vez que o Bolacha chama o garoto de Michael, o comentarista, discreto, intervém: “O Marco é rápido como o pai, o Michael, não é Luciano?” Ele não se aperta: “Mário, Michael, Mário... mas também a família precisava colocar todo mundo com nome começando com a letra M?”. No quesito, hereditariedade, ele também vai chamando o Thomas Scheckter pelo nome do pai, Jody Scheckter. Quando, finalmente, é corrigido, apela: “É... o pai dele era tão bom piloto que esteve perto de ser excluído da Fórmula Um. Só isso! O homem era um perigo constante!”. O Celso Miranda não se contém: “É... mas acabou campeão do mundo, não é Luciano?” “Bandeirantes, o canal do esporte!”. A questão andava tão complicada, que o Willy nos brindou com a seguinte pérola: ”Esse negócio de DNA às vezes até funciona!”. Uau!

Sim, o comentarista também mostrou a que veio. Faltando 30, das 200 voltas, ao ver que os três líderes tinham mais de 2 segundos de vantagem dos demais (um monte, em Indianápolis) ele arriscou: “Para mim a corrida fica entre um desses três”. Precisa de muita coragem e anos de Indianápolis para uma afirmação dessas... Mas ele foi além: “Se o Scott Dixon se mantiver na frente vai acabar levando a taça”. Sim, amigos, ele acertou: ninguém passou o neozelandês e, como foi o primeiro a chegar, surpreendeu a todos e... efetivamente venceu!!!

Mas voltemos ao Bolacha, que é o cara. Como uma metralhadora, ele vai disparando bobagens ao longo da transmissão:

“O prêmio para o vencedor é incalculável: 2 milhões de dólares!”

“O Émerson Fittipaldi está guiando o pacecar. Essa é a garantia que teremos sempre um brasileiro na frente!” (essa foi duplamente cruel, em primeiro lugar porque, surpreendentemente para o Luciano, o pacecar saía da frente para a corrida andar e, em segundo lugar, porque na metade da corrida trocaram o pacecar e o piloto)

“O Bernoldi não é garoto, já tem 36 anos” (essa ele deve ter lido na ficha e entendeu mal: o carro dele era o 36)

“Estamos honrados porque a organização da prova escolheu a Band para distribuir aqui para os camarotes uma transmissão em português” (escolha difícil, diante da exclusividade da emissora do Morumbi)

“O Tony Canaã é baiano, mas é rápido” (só faltou falar se ele toca berimbau...)

“Se os mecânicos estivessem ali, seriam atropelados!” (se uma vaca, o Ronald McDonald ou Bush estivessem ali, também seriam...)

“Esse muro aqui é especial. Você em casa tem a impressão que ele é sólido, mas a coisa é bem diferente” (Gasoso? Líquido?)

“Domingo que vem tem Fórmula Truck em Fortaleza. E a prova tem emoção garantida porque é a menor pista do campeonato. Em automobilismo você sabe: quanto menor o circuito, maior a emoção.” (A tese, excêntrica, logo é derrubada por ele mesmo) “Indianápolis é especial também por causa da pista, o maior oval do mundo. E aqui a emoção é do tamanho da pista.”

“Esse methanol quando vaza é um perigo, porque ninguém vê a chama!” (Entram as imagens do carro pegando fogo, com close das labaredas) “Na verdade eles estão correndo com etanol, Luciano” “O nosso etanol, que beleza! É o Brasil dando um bonito exemplo para o mundo!” “Na verdade eles usam o etanol deles mesmos, extraído de milho, coisa de americano, né Luciano” “Mas o primeiro passo já foi dado, Celso. Agora pra eles usarem o nosso é só uma questão de tempo!”

Melhor parar por aqui. Mas vale dizer que eu vi oito acidentes e, mesmo sem acompanhar a Indy, identifiquei dois: os brasileiros Tony Canaã e Jaime Câmara. Fui muito melhor que o Bolacha, que errou nas cinco vezes em que arriscou e perguntou quem era nas outras três. Pra terminar, em meio ao festival de abraços que ele manda (ao querido amigo Elia Junior, ao fulano da agência de turismo que trouxe os brasileiros, ao governo do Ceará que mandou uma comitiva - !?!) e a um entranho entusiasmo especial com o Mario Moraes (neto do Antonio Ermírio, que chegou num “espetacular” 18º lugar – “você aí em casa talvez não tenha dimensão do que essa colocação significa”) e com o Vitor Meira (não sei, mas algo há), ele fala a frase que resume tudo: “Ah... estamos aqui com Fittipaldi, Andretti, Scheckter... faz lembrar os bons tempos!”

Bons tempos que, como a confissão involuntária diz, já foram, há muito...

[texto escrito por 'anônimo revoltado' como comentário para um texto no blig do gomes]

9.6.08

brasil[sil, sil, sil]

"imagina o pelé [edson arantes do nascimento] com a cabeça do doutor sócrates..." [rafa santos, jornalista e escritor, em comentário sobre a ineficiência social da figura brasileira, mais interessada em publicidade e o glamour que a posição lhe rendeu]

imagem[rex boy]

2.6.08

resmungos[de janela]

corra que o vilauba herrera voltou a mandar seus resmungos. o cara é um jornalista articulado, engajado na luta de classes e escreve textos ótimos. isso quando não deixa pra depois. "posso escrever um negócio no seu blog?" a resposta sempre foi positiva. mas, por enquanto, textos foram dois [excelentes] apenas aqui no veneno dubem. uma pena.

e parece que o cara despertou para a luz de novas idéias. ele não escreve apenas um tipo de texto. ele gosta de variar, de fazer poesia, de falar da cidade, de xingar os calhordas, expurgar os malditos medos e os bons momentos. da vida, sobretudo da cidade grande, babilônia cruel. gosta de falar de música, de criticar algumas coisinhas. e tantas outras que merecem um resmungo.

enfim, um verdadeiro resmungador ele é.
que também torce sempre pelos camarões.

imagem[de lima/dubem]

18.5.08

nike, cerveja e dinheiro[tutube venenoso]

nossa, bicho. realmente os caras são fodas. viajei no post do escriba e resolvi escrever aqui também sobre isso. um dia no futuro eles[grandes anunciantes e gastadores de dinheiro] deverão ter aliciado o mundo. hahaha... comecei a clicar nos outros comerciais e não parei durante um bom tempo. os caras [no caso, da nike] abusam. muito bom. vou deixar ali no tutube venenoso [ao lado], mas o vídeo ao qual me refiro você pode ter a paciência de clicar lá no link pro post do escriba, ou simplismente clicar AQUI. [vale a pena. deixa de preguiça e clica, vai. rs]

ai você vê o vídeo dos caras e reflete um pouco. puxa, prende, solta, respira e chega a conclusão. ou melhor, uma questão [de resposta óbvia], óbvio. penso nos caras do lobby da cerveja, que ainda tiveram a cara de pau de dizer que a propaganda não influencia na educação das crianças em fase de formação de caráter, por exemplo. os caras conseguiram tirar a urgência de uma matéria na câmara dos deputados, que pedia a restrição da publicidade de bebidas entre 6h e as 21h. sabe-se lá agora quando vão votar isso.

pra que tudo isso então? pra que rio de dinheiro gasto em comerciais que não têm capacidade alguma de influenciar as pessoas? a questão é. porque eles conseguem com isso ainda mais dinheiro e porque conseguem também fazer lobby em brasília. matéria da folha de s. paulo [10.mai.08, caderno cotidiano2/capa] indica que 18% dos deputados federais estão ligados ao 'lobby da cerveja'. vários deles receberam dinheiro pra campanha de 2006. isso só levando em conta o que eles declaram ao tribunal superior eleitoral. portanto, tem ainda o caixa 2.

só pra lembrar, segue então alguns números da matéria:
R$ 26 bilhões =
faturamento bruto da indústria da cerveja em 2007

R$ 7 milhões =
valor das doações para parlamentares nas eleições 2006

o mais engraçado disso tudo é que realmente não parece uma coisa lucrativa para o mercado da cerveja. eles doam R$7 milhões, faturam R$26 bilhões e só precisam fazer o pagamento aos operantes deputados em brasília a cada quatro anos. podem explorar o nicho do mercado de quatro em quatro anos.

é, realmente esse negócio de publicidade não vale a pena. pra gente.

imagem[bluegum]

16.5.08

é mato! [dos antigos]

quero e vou voltar pra são paulo em breve [isso é fato, acho que vou escrever sobre isso logo mais]. mas aqui em mirandópolis tenho tentado exercitar a mente. usando de métodos que a gente vai aprendendo com o tempo. com a vida. com calma. ai, de repente, quando tudo parecia mecânico na sua rotina, as coisas mudam. e ai se pode aplicar a experiência.

a fotografia tem me levado a observar coisas que há muito tempo não sabia realmente que ainda existia. mesmo quando cheguei por aqui, no início do ano. achei que a globalização tinha levado parte da essência de cidade do interior. claro que não é a mesma que deixei há mais de 10 anos, mas não quero saber do novo.

na ânsia de fotografar tenho me aproximado de quem sabe. quero mesmo é conhecer os velhos. descobrir como as pessoas sobrevivem em tempos modernos. pessoas que chegaram aqui na cidade quando tudo era apenas mato. milhas e milhas de muito verde, mata fechada, dura de atravessar. a cidade é jovem, foi fundada em 1938. na boca da segunda guerra mundial, apenas isso. é menina ainda.

por conta disso, imaginar que muitos dos habitantes não são daqui. muitos deles migraram para a cidade, lógico, depois da sua fundação. conheci joão miguel filho de deus, um jovem de 73 anos de idade, que saiu de garanhuns (pe) na década de 40 pra viver por essas bandas. pessoa humilde que cuida de seus animais [um deles], sua charrete, vende queijo, tem terrenos arrendados, planta milho...

há pouco [hoje] ainda conheci outro exemplar de vida como esse. dona cida. mãe doente "encamada", como me disse, para cuidar. "meu marido é um que anda pela rua, só ele usa bengala. tá meio doido, coitado. já está velhinho. e ontem operei", e abaixou a cabeça para me mostrar o curativo da biopsia. "estou preparada pro resultado, mas tenho pessoas para cuidar".

ela me contou que conhecia minha avó. falou dos tempos em que minha avó "costurava para fora", disse que é muito amiga da dona lourdes. realmente. depois me chamou para aparecer na casa dela na parte da tarde, pra gente conversar mais. e tudo isso porque, quando passava em frente da sua casa, eu perguntei a ela, que no momento conversava com seu joão, se sabia o nome de uma planta que tinha na calçada. "a gente chama de mato mesmo, né seu joão?"

de repente eu apareço lá pra aprender mais um pouco e descobrir mais da história humilde dessas bandas de cá, "onde não vale a pena ir pra passar só um fim de semana. é muito longe", como dizem alguns amigos...

antes que eu volte.

14.5.08

quase cheia[de graça]

a lua quando aparece, ela gosta de se mostrar mesmo. sem dó.

11.5.08

velhos costumes[daqui]

10.mai.2008/de lima/dubem - um eqüino [urbano, foto logo abaixo]. em mirandópolis ainda é costume típico cavalos serem criados praticamente soltos. os donos escolhem o melhor matagal e amarram seus animais pra que possam comer do bom verde mato. no fim do dia, recolhem seu animal. essa prática força medidas cômicas, como moradores que peduram placas nas árvores em frente de suas casas: 'proibido estacionar animais'.
[atualização do texto: vale lembrar que essa placa está colocada em uma árvore situada à frente de uma casa, que por sua vez fica no centro da cidade, ao lado do principal e maior supermercado do local. ou seja, não existe limite para os comedores de verde mato em mirandópolis. o centro é pouco.]

8.5.08

expedição[machado] torre

que estou vivendo um tempo em mirandópolis, no interior de são paulo, acho que todo mundo que dá umas bandas por aqui já sabe. só se algum marinheiro de primeira estiver lendo esse post. então por isso tenho tentado fazer algumas coisas diferentes. digo diferente para o cotidiano que eu encarava em são paulo.

a monotonia de uma cidade pequena só pode ser entendida/sentida por quem nela está. e mesmo assim, depois de algum tempo como hóspede do local. como na montanha mágica. por isso resolvi outro dia colocar em prática uma vontade: ir andando de mirandópolis até o amandaba [machado de melo], distrito da cidade. contei outro dia com o joão fernando e deu mais ou menos uns 8 quilômetros uma perna do percurso.

a idéia era chegar em tempo para acompanhar o pôr do sol em um lugar que eu considero maravilhoso. é conhecido da rapaziada que antigamente colava para escutar um reggae, tomar um vinho e torrar uns bauretes, dar beijo na boca, ver o sol nascer e morrer. uma rapaziada aqui na cidade conhece 'a torre'. sabe também d'o pico'.
queria fazer umas fotos. quando o sol vai descansar, o céu ganha tonalidades mágicas. e cada dia é um pouco diferente do outro, sempre. é meio óbvio, mas só estando lá pra entender que não. se tem nuvem é uma coisa. se está pra chover, outra. resolvi então registrar essa caminhada, que lembra um pouco da minha vida.

foi a primeira vez, desde que sai daqui há mais de dez anos, que me senti realmente livre. sozinho com os meus pensamentos e com a minha vontade de respirar. de sentir, de interagir com paisagens que já tinha esquecido. coisa de louco. são mais de 30 mini-vídeos que coloquei no youtube. podem ser vistos independentes. e estão brutos. sem edições, o máximo de sinceridade.

e as fotos do pôr do sol. elas podem ser vistas também no flickr dubem. estão etiquetadas com a marca 'expedição machado de melo'. é o mais bonito que já vi na vida. talvez porque envolva todos esses sentimentos que contei. a vista parece que vai além do horizonte. é muito campo da visão tomado pelo azul, pelo amarelo, pelo sol, pelo verde... espero que
gostem.

vou tentar fazer outras. até.

[observação]
clique aqui e assista os vídeos
clique e veja algumas fotos

4.5.08

o manto

foto[de lima]

2.5.08

publicidade[cadê a verdade?]

estou no interior. longe da capital. e realmente alguns pontos de revolta na minha vida têm ficado, não digo para trás, mas embaixo do tapete. só por enquanto. por conta disso não tenho visto os jornais nem me interado plenamente sobre a pauta do Brasil.

mas na semana passada me chamou a atenção um 'informativo' da associação brasileira de agências de publicidade (abap) que tem sido veiculado em todas emissoras em horário estrategicamente escolhido.


me chamou, claro, a atenção porque o texto falava sobre a ineficácia da publicidade em convencer ou influenciar as pessoas. dizia que não é a publicidade, no caso do álcool, que cria os assassinos bêbados do trânsito, nem os pais violentos, nem prejudica a vida na periferia.

não é engraçado? os caras são pagos, e muito bem pagos, para divulgar suas marcas e ainda assim dizem que não conseguem influenciar a população com as gostosas da skol, com a boa da antártica... vai dizer que os rabos imensos das modelos não ajudam a vender?

esse assunto de publicidade é longo, muita coisa pra se dizer, muito lobby, muito jogo de poder, muita influência empresarial, ou seja, muito dinheiro na jogada. teria um monte de coisas pra escrever sobre isso.

mas é que o venício a. de lima [e não é meu parente, antes fosse porque pediria um trabalho pra ele] escreveu boa parte do que eu gostaria. só que ele tem dados e informações precisas sobre quanto a publicidade tem interesse em esconder a verdade.

eu peço que se chegou até aqui no texto, não deixe de clicar AQUI para ler o excelente artigo publicado por venício no observatório da imprensa. é só um clique e mais uns 9min de leitura, das melhores.

POR FAVOR, FAÇA ISSO, LEIA O TEXTO. FAÇA O QUE A PUBLICIDADE NÃO FAZ PELA GENTE. SAIBA A VERDADE.