2.2.09
15.4.08
a história ianque[do mato]

o companheiro vilauba herrera já falou sobre o documentário grass[1999], mas também gostaria de fazer minhas palavras. é um filme rico em informações sobre como os estados unidos conseguiram transformar em um monstro aqueles que usam a cannabis. tudo porque tinham medo dos imigrantes mexicanos. a publicidade ianque contra a erva é uma das mais escrotas de todos os tempos. muito semelhante à publicidade utilizada na invasão de países ao redor do mundo. vide iraque, nicarágua, vietnã, afeganistão, cuba, panamá, coréia... [vilauba me ajudou].
contrários ou favoráveis à erva. o filme serve a todos. a película tem excelente narração de woody harrelson, de quebra. documentário bastante irônico, que define por períodos cada técnica empregada pelo governo ianque na tentativa de extingüir da terra uma planta. coisa digna de brincar de ser deus. coisa de norte-americano. tem hora que o riso e o choro caminham juntos, porque a falta de veracidade dos argumentos parece coisa de quarta série.
quem quiser baixar o torrent do filme, só clicar aqui e boa viagem.
promoção: quem comentar depois aqui suas impressões sobre o filme ganhará um cigarro, não de maconha, é claro, mas qualquer um da philips morris, ou da souza cruz. podem escolher. ah, e quem tirar uma foto assistindo ao filme leva de brinde uma garrafa de cachaça, de cerveja ou um calmante tarja preta da indústria farmacêutica, onde todos os produtos são lindos, maravilhosos. e ainda tem a opção de utilizar o mundo fantástico dos genéricos.
crédito do torrent[www.cinecombo.blogspot.com]
3.9.07
Amazônia, uma região de poucos

já viajei com o'escriba. foi num daqueles eventos de tênis que ocorrem a cada ano na privacidade grã-fina da ilha de itaparica, na bahia. ele não deve se lembrar, de mim, talvez, mas depois ainda nos encontramos em jogos de futebol. ele, se não me engano, era correspondente do jornal do brasil aqui em são paulo. eu era foca, no jornal da tarde, e ainda não sacava as atuações do lado negro da força.
mas o interessante é que ele, o escriba, apareceu anos depois na minha vida, em forma de leitura diária em seu blog, que atualiza desde muito tempo [aqui tem uma entrevista interessante com ele e pequenos segredos]. pode parecer rasgação de seda, mas me inspirei muito no formato do seu veículo de idéias para criar esse espaço aqui no mundo virtual.
bom, mas tudo isso é para dizer que arranjei no blog dele um excelente e verdadeiro vídeo sobre a atuação dos fazendeiros nos rincões mais distantes da sociedade hipócrita brasileira. uma terra onde o ser humano perde qualquer direito democrático, é obrigado e dar satisfações de todas as suas ações e é ameçado da forma mais covarde e agressiva.
não é necessário nem entrar no mérito da questão, basta observar o nível de democracia que algumas cidades, como juina (MT), onde se passa esse documentário do greenpeace sobre a tentativa de uma equipe de reportagem alcançar a aldeia dos índios enawe-nawe. me chamou a atenção as ameças de morte no hotel. em frente das câmeras. imagine longe delas.
crédito[da ilustra] junião
12.1.07
o imenso deserto verde [vídeo]

aí a história começa a adquirir ares dramáticos. triste mesmo. de chorar. o progresso chega com o nome de Aracruz Papel e Celulose. utilizando dos métodos mais escrotos, conseguem comprar algumas terras de quem morava no local. os guerreiros que resistiam eram oprimidos por capangas, quase sempre armados. as promessas eram muitas. de que a empresa iria trazer o desenvolvimento para todos. aliás, seriam contratados para trabalhar na empresa.
mas isso não aconteceu, como é muito comum no capitalismo. alguém tem de perder, para outros ganharem. foi isso que aconteceu. a empresa começou a plantar seus desertos verdes de eucaliptos. as matas acabaram. os rios e córregos ficaram poluídos. a natureza começou a sofrer com a gravidade da agressão. sobrou para os moradores, que perderam suas fontes de viver. a aracruz cresceu. começou a lucrar ainda mais e se transformou em dos maiores [senão o maior] exportadores de celulose para o mercado europeu.

só que se esqueceram que seres humanos foram prejudicados pelo progresso. a terra deixou de dar o que dava antes. o sonho de trabalhar contratado ruiu. perderam a principal fonte de renda. e se tornaram escravos da destruição imposta pela aracruz. para quem se preocupa com o meio ambiente, essa pequena história é contada no documentário "Cruzando o Deserto Verde", que tem a direção de Ricardo Sá. é deprimente e emocionante acompanhar os depoimentos das pessoas.
o vídeo pode ser visto pelo youtube. são seis parte, mas apenas cinco delas estão disponíveis. infelizmente. mas vale muito a pena ver. mesmo que sem os minutos finais. porque a história é chocante e demonstra não só o descaso das transnacionais que inundam o Brasil, como também o descaso do Estado com questão que deveriam ser, pelo menos, lembradas. imaginar que isso se torne uma discussão nacional, com direito a interação com a sociedade, é utópico. é necessário admitir.
enquanto pessoas de bem são escravizadas e têm suas vidas praticamente estragadas, a aracruz se gaba de ser uma das maiores empresas do mundo de papel e celulose. mesmo que para isso degrade o patrimônio nacional na maior cara de pau. impunidade notória. é de chorar muito. não existe muitas saídas para o capitalismo, mas que ele é predatório e inconseqüente, isso é fato. a destruição daqui, é dinheiro para os poderosos. com direito a recorde e tudo o mais.
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clique nos links abaixo e assista o documentário 'Cruzando o Deserto Verde', idealizado pelo Movimento Alerta contra o Deserto Verde. cada parte tem cerca de 8min. a qualidade do vídeo não é das melhores, mas é possível assistir muito bem. para quem tiver paciência, e estômago, não se incomode com a revolta. ela faz parte e é fundamental.
parte 1 / parte 2 / parte 3 / parte 4 / parte 5 / parte 6
3.8.06
atenco: romper el cerco [video]

San Salvador Atenco, no México, maio, 2006, dia 4. morreu Alexis Benhumea, 20 anos, vítima de um disparo de lança-granadas de gás lacrimogênio. tomou um desses na cabeça. só foi socorrido 11 horas após. as autoridades mexicanas não permirtiram a entrada de ambulância. tinham dominado o terreno.
o Estado, com a ajuda massacrante da mídia, elevou a comunidade que reivindicava seus direitos contra a decisão do governo de utilizar a área em que moravam e tiraram seu dinheiro para construção de um aeroporto.
nem quiseram saber dos problemas. a rodovia bloqueada era mais importante que o problema real, os camponeses não queria sair da região. a mídia jogou o Estado contra os camponeses. opressão por meio da violência. é a maneira que se encontrou.

a história é mais ou menos essa. triste, porém interessante. é isso que mostra o documentário ATENCO: ROMPER EL CERCO [2006], o vídeo pode ser baixado no site da CMI - Centro de Midia Independente. analistas locais, filósofos, policiais envolvidos, manifestantes, camponeses, todos eles têm voz nesse documentário que é um soco no estômago da liberdade.
abrir os olhos. filtrar o que vale. ignorar o que não vale. miséria pouca é bobagem para eles. baixe o vídeo aqui
foto[noticias y comentarios]