Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens

24.11.08

malandragem

acabei de colocar na tevê cultura. e um documentário muito agradável, sobre o 'mestre leopoldina, a fina flor da malandragem'. se começou agora mesmo, uma da manhã, ficarei felicíssimo. pelo menos mais 20 minutinho deve rolar. sensacional para um domingo.
pleonasmo seria escrever a metafórica equação:
domingo [fim de noite + chato] = 50x - raiz quadrada de 765

2.9.08

tevê a cabo[de encher o saco]

tava aproveitando a brecha que a net deu para seus assinantes pobres. aqueles que não podem pagar pelo pacote maxi-plus-mega-hiper descolado, com 80 canais gringos e 30 outros de pay-per-view de cinema. enquanto manchester prepara mais uma de suas intervenções urbanas, que tô pensando se vou registrar, coloco no canal brasil. um dos preferidos quando rola o boi da net junto com o history channel...

eis que vejo a chamada do filme baixio das bestas, que muito me deixou curioso quando assisti um bate-papo com o diretor, cláudio assis. o cara me pareceu um idealista nato. na linha do comunismo, talvez. mas o comunismo não é mais o comunismo, assim como o socialismo. mas isso pouco importa. o lance é que quando vi o matheus nachtergaele, que deve ser o protagonista do filme. foi então que me bateu uma certa preguiça.

ver o cara ali, falando com as câmeras, me tirou a vontade máxima de ver o filme. o trabalho do ator é maravilhoso. só que os atores dessa linha, oriundos do norte-nordeste do brasil, são hipervalorizados no sudeste, por exemplo. matheus nachtergaele é endeusado em são paulo. gero camilo é outro reverenciado pela elite da classe teatral paulistana. wagner moura nem se fala. e o parceiro lázaro ramos aparece de hora em hora na televisão. igual resultado da tele-sena.

não que o trabalho deles não seja bom, ótimo, qualquer que seja o adjetivo. o lance é que eles enchem o saco aparecendo a todo momento. perde-se então a admiração máxima. o nachtergaele por exemplo, não só apareceu na chamada para o filme, mas também estava sendo entrevistado em um documentário sobre a lucélia santos. e estava no filme que veio na seqüência. não me lembro o nome. uma overdose de nachtergaele. uma hora enche o saco. como várias coisas na vida. e troca de canal.

sei lá, o selton mello aparece bastante também, mas não costuma fazer novela.

será que é essa a causa maior para a minha rejeição ao pessoal do norte-nordeste, a novela? será que e é preconceito da minha parte? será que eles não são tão bons como a elite teatral paulistana costuma alardear por ai? qual o motivo de tanta pagação de pau para alguns, e pouco [talvez nenhum] reconhecimento para outros atores/artistas? a mídia abusa do improvável [na visão da mídia, por exemplo, uma pessoa humilde sair do interior de pernambuco, mostrar seu trabalho e ainda ser reconhecida]? será que o selton mello causa menos impacto [se causa] por conta da sua vivência na região sul-sudeste do brasil? será que ele é mais paulista/carioca e irrita menos?

não sei, são tantas as questões... que nem mais com 'grandes vontades' fiquei de ver o filme.

16.7.08

enfim, 18 anos servindo [às panelas]

até agora 18 anos se passaram. e, com a maioridade, parece que as críticas ficaram mais contundentes. vale a pena dar uma clicada AQUI e sacar o excelente texto. foi escrito pelo sociólogo carlos alberto dória. o cara conseguiu resumir o que muito artista [de teatro, televisão, cinema, artes plásticas e visuais, circo, rua...] não tem nem idéia do que se trate.

a lei rouanet morreu faz tempo e só agora os 'artistas-de-verdade' se ligaram. mas, antes, aqueles 'nem-tão-artistas-de-verdade-assim' podem ter se ligado e aberto a panela antes. acabou não sobrando muita coisa. a rapa da panela é claramente indigesta. sobrou nada.

separei alguns trechos do texto. talvez alguém consiga ver uma certa reflexão, como um espelho que mostra um pouco da realidade. apesar de muito narciso tentar escondê-la com argumentos panelísticos. mas estão na deles. amparados pela lei.

quem não tiver coragem de clicar [ou ler] o link do texto, vai ter de se contentar com os trechos escolhidos pela edição.

-----
sobre o uso do jeitinho brasileiro em benefício próprio:
(...) Como os interesses governamentais e dos produtores culturais nem sempre coincidem, o governo tem que responder sempre: com que critério destinou a grana para tal ou qual beneficiário? O governo imaginou que, com a Lei Rouanet, se livraria da cobrança de ter que formular uma política cultural para o país. Respirou aliviado, mas por falta de qualquer política a própria Lei Rouanet se tornou “a” política no seu sentido mais mesquinho.

Os grupos de produtores se organizaram de modo eficiente (envolveram deputados, criaram grupos de pressão, meteram firulas nos regulamentos da lei etc.), de modo a garantirem “o seu”. Os “de fora”, diante do sucesso dos concorrentes, tendem a proceder da mesma maneira. Como ninguém no governo quer decidir publicamente para quem dar a grana, criaram-se mecanismos “impessoais” (e irresponsáveis) de decisão (...)

sobre a gana do setor de produção cultural após a criação da lei:
(...) A voracidade dos produtores culturais, pressionando o Estado por mais e mais recursos, acabou por limitar os próprios movimentos do próprio Estado em prol da cultura(...)

-------
[nota --- o venenodubem.org não usufrui de leis de incentivo de qualquer espécie. portanto, pelo menos por enquanto, ou até a primeira chance, não faz parte da famigerada panela cultural. quem sabe um dia?]

15.4.08

a história ianque[do mato]

em tempos de marcha da maconha, organização mais que necessária, feita por gente inteligente, trabalhadora e engajada nos direitos do indivíduo, nada melhor do que jogar ainda mais luz sobre o tema: cannabis. a falta de informação sobre o assunto é notória, baseada em conceitos pré-estabelecidos por uma política, sobretudo, norte-americana de combate à uma planta. "é coisa do demônio. de bandido. os assassinos usam maconha".

o companheiro vilauba herrera já falou sobre o documentário grass[1999], mas também gostaria de fazer minhas palavras. é um filme rico em informações sobre como os estados unidos conseguiram transformar em um monstro aqueles que usam a cannabis. tudo porque tinham medo dos imigrantes mexicanos. a publicidade ianque contra a erva é uma das mais escrotas de todos os tempos. muito semelhante à publicidade utilizada na invasão de países ao redor do mundo. vide iraque, nicarágua, vietnã, afeganistão, cuba, panamá, coréia... [vilauba me ajudou].

contrários ou favoráveis à erva. o filme serve a todos. a película tem excelente narração de woody harrelson, de quebra. documentário bastante irônico, que define por períodos cada técnica empregada pelo governo ianque na tentativa de extingüir da terra uma planta. coisa digna de brincar de ser deus. coisa de norte-americano. tem hora que o riso e o choro caminham juntos, porque a falta de veracidade dos argumentos parece coisa de quarta série.

quem quiser baixar o torrent do filme, só clicar aqui e boa viagem.

promoção: quem comentar depois aqui suas impressões sobre o filme ganhará um cigarro, não de maconha, é claro, mas qualquer um da philips morris, ou da souza cruz. podem escolher. ah, e quem tirar uma foto assistindo ao filme leva de brinde uma garrafa de cachaça, de cerveja ou um calmante tarja preta da indústria farmacêutica, onde todos os produtos são lindos, maravilhosos. e ainda tem a opção de utilizar o mundo fantástico dos genéricos.

crédito do torrent
[www.cinecombo.blogspot.com]

13.4.08

tartarugas podem voar[cinema]

querem ter uma noção do que se passou/passa com as pessoas em situação de refúgio? o filme tartarugas podem voar[2004] consegue isso facilmente. na fronteira entre o irã e o iraque, crianças lutam para ganharem um dinheiro retirando minas norte-americanas. em troca de pouco dinheiro, antes que a coalização dos países ocidentais, lideradas por george wallker bush, invadissem o território em busca de armas químicas. leia-se petróleo. o interessante é que o filme é baseado na relação das crianças do campo de refugiados. a história pode parecer superficial para alguns, mas os traumas escondidos em cada personagem infantil desta película é de arrepiar até a medula. difícil para nós, brasileiros, imaginarmos a situação. [por fabrício delima]

o download do torrent por ser feito AQUI
[fonte] www.cinecombo.blogspot.com

24.9.07

tropa de elite [por latuff]

ilustração de carlos latuff que seria publicada no jornal da Associação dos Docentes da UFRJ.

fonte: [cmi brasil]

23.7.07

+espero=[menos esperarei]

aquela espera é infernal. dependendo do horário é até que tranqüilo. se estiver em uma das vias movimentadas do centro também. passam vários. mas esperar o seu ônibus na madrugada em certas cidades é complicado. indefinido. impossível de saber como será. não é uma ciência exata.

foi provavelmente numa noite dessas que surgiu a frase "quanto mais espero, menos esperarei", de alexandre mendonça. provavelmente também parceiro do diretor/escritor/editor christian caselli. provavelmente carioca. muito talentoso, com certeza. idéias boas e questionadoras.

caselli colocou na web alguns vídeos. e da frase do amigo provavelmente idealizou "o paradoxo da espera do ônibus". um bem humorado curta [3min09]. sobre desenhos de gabriel renner. enquadramentos, closes...detalhes. muito bacana.
vale cada segundo.

17.7.07

registros[do xilindró]

dei de cara com um site interessante. não é nenhuma grande novidade. mas é interessante. trata-se do link arresting images do the smoking gun. o link traz imagens registradas nas fichas criminais de famosos. ainda é dividido por gêneros: esportistas, músicos, mafiosos, assassinos...

o barato é que além de registrar a imagem, o link registra também o porquê, quando, como, qual o delito. tem tudo sobre o caso. james brown, nick nolte, carmem electra, dennis rodman, jane fonda, hendrix... a do bill gates é hilária. molecasso branquelo.

a lista é imensa, daqueles que não podem mais abrir uma conta num banco aqui no brasil. vai apontar na 'capivara' dele na justiça. macaulay culkin foi pego com maconha. a foto dele também tem lá. uma puuuta cabeça. locasso ele.

16.7.07

epílogo feliz[do 171 de carteira]

você [estelionatário] está na fila do cinema. está louco para colocar em uso seu mais novo "protesto" contra o sistema. a carteirinha é impecável, saída das melhores impressoras do mercado [afinal, o papai pagou quatro anos de faculdade, mas a mamata acabou].

chega sua vez na fila, você pede com os olhos brilhantes "uma meia" para ver o harry potter IX no cinema mais perto. a bilheteira olha para a sua cara, dá um sorrisinho, pede um minuto e some da sua vista levando a obra-prima [a carteirinha] para uma sala reservada.

as outras filas começam a andar. o tempo passa. 15min de espera, e nada da mocinha simpática da bilheteria voltar. você olha para trás e vê três policiais militares conversando com um funcionário do cinema. a bilheteira volta e diz que houve um problema.

os policiais chegam perto de você, pedem seus documentos verdadeiros. pedem para acompanhá-los. você perde a sessão de cinema e vai parar de frente para o senhor delegado. você pede para dar o telefonema de direito.


papai aparece, fala com o delega em particular. sorrindo, ele chama o filhão 171, dizendo estar "tudo resolvido". no carro, sem trocar uma palavra de repreensão sobre o "pequeno incidente" criminoso, o papai te chama para comer um hamburguer. você aceita.


que bonito!

12.7.07

papo-mole[artigo 171]

foi a vez do jornal carioca 'O Globo' fazer uma matéria para provar a hipocrisia da sociedade brasileira [só para cadastrados]. sobretudo de sua elite, que se sente no direito quase obrigatório de fraudar uma carteira de estudante para pagar meia-entrada nos eventos culturais [cinema, teatro, shows e afins].

o interessante é ver a quantidade de absurdos que os estelionatários proliferam para justificarem o crime que cometem. essa é a verdade. a cada vez que se entrega uma carteirinha falsificada [originalmente ou não] em uma bilheteria é caracterizada uma ação de estelionato [artigo 171 do código penal].

as justificativas são as mais calhordas. separei algumas dessas para quem não tem cadastro e não pôde clicar na matéria.

"O preço dos ingressos hoje é tão absurdo que eu me vejo obrigado a usar a carteira de estudante. Se eu não fizer isso, meu padrão de vida não vai me permitir ir ao cinema e, muito menos a shows, que hoje custam R$ 150. Para quem tem família, não dá. Eu lembro da época em que o cinema era acessível. Hoje, é proibitivo" - E., 31 anos, advogado formado desde 1999 e que admite [o crime] usar carteira de estudante fraudulenta desde 2005.

"Acho um absurdo que cobrem tanto pela inteira. Eu já ouvi várias vezes que os produtores cobram o preço do ingresso dobrado para quem não tem carteira de estudante. Mas eu entendo. Realmente, os produtores não têm como cobrir o custo de um evento sem saberem quanto vão receber. Eu falsifico como protesto para que mude a lei da meia-entrada" - A., 25 anos, designer, que se formou há dois anos e se gaba de fazer o seu crime virar "oficial".

claro que ingressos poderiam ser mais baratos. é a reinvidicação da maioria dos estelionatários das carteiras. só que os próprios criminosos mimados, fazendo suas falsificações, estão contribuindo para que os ingressos fiquei ainda mais caro. a "forma de protesto" que o ex-estudante de designer utiliza é burra. só piora a situação.

interessante também é notar que não se vê estelionatário de carteirinhas na classe pobre, que é a primeira a sentir os efeitos dos altos preços das entradas. da mesma forma que os reacionários pregam que os usuários de drogas financiam o tráfico, os '171 das carteirinhas' estão afastando as classes mais pobres de ter acesso à cultura e informação.

o que é ideal pra que o '171 da burguesia' possa continuar na crista da sociedade, com seu scanner de alta definição, seu macintosh branquinho com a maçã reluzente, suas idéias burguesas. com toda parafernalha, ele se esquece [nem sabe, na verdade] que seu crime tem pena prevista de um a cinco anos de detenção, além de multa.

é a mesma coisa que falsificar uma carteira de motorista, uma certidão de nascimento, um atestado de óbito... é crime. mas ele pode. afinal, tem o advogado da família que vai arrumar um jeito rapidinho dele sair do xilindró. isso se um dia as pessoas irem parar na cadeia por infringir o artigo 171 do código penal.

6.7.07

orgasmo no cinema

desde muito tempo o homem aprecia o sexo. desde eva e adão [hahahaha, maldita maçã], desde os primórdios, desde que foi descoberto a delícia que é ter um orgasmo.

se é uma delícia. muita gente gosta. se muita gente gosta, vira discussão filosófica, vira papo de boteco, vira tema de tese de mestrado, vira motivo de discórdia, de disputa, de conquista... de tesão.

e o cinema, na sua função, tem em muitos roteiros o desafio de reproduzir na telona [e depois na telinha] uma sensação particular. íntima demais. por ser assim, a licença poética no cinema na hora de encenar um orgamo é máxima.

clique AQUI e veja os DEZ melhores [ou não] orgasmos do cinema.

meu voto é do número cinco [¿cuánto me amas?]