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10.5.09

marcha da maconha

se aqui na escrota são paulo, com seus engravatados escrotos e puritanos, a marcha da maconha 2009 foi embargada na maior cara de pau, ignorando o 'estado democrático de direito', como gosta de falar o maior babaca da corte brasileira, o ministro bobo e amigo da ditadura gilmar mendes, no rio a marcha funcionou. e foi tudo dentro da ordem, do respeito e da moralidade.

informações quentes direto do growroom.
seu espaço pra crescer.

lembrando que apologia ao crime faz o governo, quando não resolve as causas de interesse da sociedade. apologia ao crime faz a camara dos deputados e o senado, que deixam que seus integrantes mamem nas tetas da besta do dinheiro público.

calhordas!

1.3.09

só eles podem [sobre poder nuclear]

tem uma patota mundial ai que quer mesmo o monopólio da bomba atômica/nuclear. digo o monopólio para utilizar a intervenção militar extrema para tentar solucionar possíveis desanvenças diplomáticas. até hoje, apenas uma nação utilizou desse artifício. e foram eles mesmos. os poderosos estados unidos da américa. todo mundo sabe de hiroshima e nagasaki, no japão.

jogaram a bomba em hiroshima no dia 9 de agosto de 1945. três dias depois foi a vez de nagasaki segurar o 'rojão'. no total foram mais de 200 mil civis mortos. maior extermínio do globo terrestre. ninguém lembra dos nomes de quem morreu. óbvio. mas acreditem que as duas bombas tinham nome: little boy e fat man.

os norte-americanos gostam dos nomes. só não gostam de ver outros nomes como o mesmo poderia que eles têm. seja militar, civil, esportivo, social, cultural... além deles, outros sete países já têm sua bomba nuclear: rússia, reino unido, frança, china, índia, paquistão e israel.

mas os poderosos estados unidos da américa não querem que outras nações tenham esse trunfo, esse coringa nas mãos. só o clubinho. porque depois que eles lançaram a bomba, por vontade do presidente harry truman, eles conseguiram na onu uma convenção para proibir a proliferação de armas nucleares para os 'inimigos'.

e eles continuam na mesma pegada.
a bola da vez é o irã.

e o iraque continua lindo.

chupa udr

os coronéis ruralistas que se fodam. e olha que eu conheço alguns e tenhos amigos ruralistas. mas os comandantes da união democrática ruralista (udr) devem mesmo morder a fronha vermelha de seus travesseiros.

ainda mais depois dessa notícia:
Entidades privadas receberam
R$ 221,8 milhões em 2008


o jeito vai ser aumentar policiamento particular de suas terras. arrumar mais trabalho para os pistoleiros que não movem sentimento para chacinar famílias agrárias legítimas.

viva a cana-de-açúcar e os arrendamentos sem fim.
deserto verde é uma palavra bonita.
as terras são produtivas.
aquelas com plantações de soja ou eucalipto são ainda mais.

viva o coronelismo.
afinal, o sarney tá ai ainda e ninguém fala nada.
amém, gilmar mendes.

25.1.09

várias narigadas

enquanto a barbaridade acontece, milhares de cheiradores de cocaína dão suas narigadas atrás de suas mesas.
sem pála e na maior limpeza.

20.1.09

renascer e [a perna curta]

não vou entrar nessas de 'conforme venenodubem antecipou', mas o pessoal que mora na patolândia já começou a abrir o bico. a associação de moradores também. e agora a defesa civil entregou o ouro:

os caras fizeram mesmo uma reforma irregular no teto. trocaram todas as 1,6 mil telhas do imóvel.

o presidente da renascer mentiu anteontem, e hoje a verdade apareceu. foi a vez da defesa civil soltar o verbo para dizer que 'havia material novo nos destroços da igreja', como telha e ar-condicionado.

sem contar a história dos cupins.

qual será a próxima cascata?
vamos todos contar mentiras.

não dá nada! nunca!

18.1.09

caiu a obra[de deus]

caralho! a igreja renascer desabou. ela fica na avenida lins de vasconcelos. pego busão ali em frente, exatamente em frente. eu e muita gente. cabe cerca de 2 mil cabeças ali dentro, e o teto desabou depois do término do culto das 18h. a televisão, como é praxe, não consegue segurar a transmissão ao vivo da tragédia e quem fica cobrindo de som as imagens 'vira-e-mexe' fala uma besteira. escutei, por exemplo, que ali, o bairro do cambuci, é a zona leste de são paulo. eu, por exemplo, sempre achei que ali fosse região central. mas essa nem é a questão...

... a questão é que não muito tempo atrás, talvez um pouco antes do natal, começo de dezembro, uma grande obra estava sendo realizada ali. muitas caçambas. o local dos pedestres acenarem para os buzões, o chamado 'ponto-de-ônibus', foi meio descaracterizado, era difícil acenar ali. praticamente eu tive de ir para o meio da rua. 1) porque a poeira era muito grande e minha rinite começo a atacar (inclusive comentei com uma senhora, que também reclamou muito da situação precária). 2) porque se não fosse para o meio da rua, a chance do ônibus parar era mínima, já que caçambas impediam a visibilidade.

[cadê o calhorda eleito com o projeto da cidade limpa?]

sei lá, não quero nem de longe bancar o nostradamus. mas aquilo ali sempre me cheirou ao mistério. antes até dava para dar uma espiadinha no que tava rolando lá dentro. muito bonita por sinal as pinturas da parede reproduzindo o céu azul e as nuvens brancas. sempre tive vontade de entrar, sobretudo quando li na 'prensa' que o troféu de melhor do mundo do kaká estava em exposição na 'sede mundial da renascer em cristo'. com essa reforma/obra a qual me refiro, ficou difícil de ver algo porque colocaram aquelas portas fumê que abrem apenas com a presença.

sei lá... na minha modesta opinião, acho que essa obra, esse transtorno que eu constatei, pode ser o começo de uma longa e infinita explicação [que vai envolver o poder público, a bispa sônia e o craque kaká, entre outros personagens]. se foi ou não a obra o estopim da tragédia não posso afirmar, claro.

só sei que não fui eu.

17.12.08

emperrou mesmo[a roda]

eu não vi o roda viva com o ministro gilmar mendes. mas o pedranches, do video-grafia, viu. deu suas considerações, disse que o roda viva emperrou e ainda comparou o desempenho terrorista de alguns entrevistadores com o que a veja pratica. como era o esperado em uma entrevista escolhida para ser feita na clandestinidade, no meio de uma segunda-feira pré-natal, pré-festa...

'veja a roda viva'. 'veja a roda viva nessa época'. os trocadilhos não são menos infames do que o quê esses veículos costumam publicar como verdade antes do julgamento. disso gilmar mendes não quis saber muito. muito menos quis dizer onde está o áudio do grampo feito no seu gabinete, que segundo consta foi ele mesmo quem armou e divulgou para a veja.
leiam a carta capital.

ainda, pedranches colocou link para o texto do ombudsman da tv cultura, ernesto rodrigues, que descascou a atuação da bancada chapa branca escolhida pela emissora. quem bateu palminhas foi reinaldo azevedo, o bolotinha. quem tentou mexer na ferida, quem diria, foi lillian witte fibe. que tragédia. o jornalismo está morrendo.

o video-grafia passa agora a integrar a lista de links dos [hermanos] do venenodubem. boa fonte para novos assuntos. assuntos que não consigo, muitas vezes, acompanhar. acho que to ficando velho. isso acontece. até fizemos coisas juntos já. coisa de velho.

velho sangue bom.

13.11.08

outra do [brasil sil sil]

Cheque especial tem maior juro em
5 anos, diz Procon

Crédito mais caro é efeito da crise no Brasi
[fonte: globo.com]

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... que bonito ééééééééé !!!

17.10.08

armas pra lutar[procedê militar]

imagem[diego padgurschi/sangue nos óio]a ação da polícia militar contra os grevistas policiais civis, que gostaria de chegar até o palácio do governo para protestar para josé serra escutar, serviu para prova uma coisa. que os milicos arregaram para os policiais civis, armados na passeata. assim como os policiais militares. dois aparatos do estado colocados de frente. de frente para o descaso e a falta de critérios utilizados pela polícia militar em ações de repressão às manifestações pacíficas. como aquelas da avenida paulista.

sempre tem porradaria. seja qual for o protesto. desde que desagrade os interesses de quem manda na força de repressão do estado. cansei de ver, desde moleque, nos noticiários os professores apanhando na praça da sé, com a cavalaria e suas espadas varrendo e liberando o espaço público. maconheiros já apanharam, punks tomaram borrachadas, pretos, brancos, índios, torcedores, tudo em nome da ordem.

armas pra lutar fizeram a diferença. sempre fazem.

11.9.08

do morro [discurso aos medíocres]

e do alto do morro ele gritou. como se todas as energias daquele gritar transformassem os sonhos em realidade, e as injustiças seriam adulteradas em forma de justiça.

"lá, bem prá lá pro lado das outras vidas. aquelas que serão mais agradáveis. que serão mais loucas, mais intensas. receberemos os medíocres de braços abertos. fiquem à vontade nesse mundo de hipocrisia e desigualdade. onde quem pode mais é aquele que tem dinheiro. fodam-se os medíocres, que se danem os homens de pouco caráter, que tiram do cidadão o direito de deixar suas vidas menos pesadas, dolorosas...

toda noite ele gritava isso. ficou rouco, é claro, muitas vezes. e o discurso era imenso.

após acabado o discurso que executava [quase] todos os dias, aproveitava para organizar as operações do dia seguinte. no seu negócio lucrativo, mas não para ele. mas sim, para os homens de colarinho branco. aqueles mesmo que entre ano e outro exploram as mazelas da sociedade em próprio benefício, e de seus pares.


seu negócio era sinistro. ele sabia disso.
trabalhar no tráfico tem suas conseqüências.

o morro era o do cantagalo. terra de bezerra da silva.

salve bezerra!

3.9.08

atualização[grupo município] e afins

gostaria de contar aqui que mais um personagem entrou na história do quase-calote do grupo município. a secretária, que sabiamente eu não alcunhei de secretina como a outra da editora agosto[de deus], me pediu para checar com a minha instituição bancária se havia algo errado com a minha conta. e não foi que solucionou o caso?

[a secretária do grupo munícipio é a verdadeira secretária. disposta a solucionar os problemas e em nenhum momento colocou a culpa no sistema, ou na posição dos astros no dia do pagamento. nota dez para ela, que ainda me disse que se não cair na sexta-feira "a gente assalta um banco"]

a gerente do meu querido e amado banco me disse que o número do banco havia mudado, apesar de eu ter visto há exatos 30 dias no site antigo do banco [que foi comprado pelo banco daquele empresário, que morreu outro dia e tem nome de pedra]. ou seja, nenhum problema de pagamento não-feito fica isento de contar com uma cagada bancária.

agora disseram que vão fazer o pagamento... mas só na sexta-feira (dia 5). o mesmo dia que a secretina da editora agosto[de deus] prometeu que pagaria. vou esperar a coincidência se concretizar. não é lindo?

ps — tem uma revista que eu escrevo regularmente e entrego as matérias sem atraso, na maioria das vezes, que havia comentado de um certo cascalho que estava para cair. assim como as grande coorporações, também não cumpriu ainda com a promessa. dessa vez, foi a pobre "gráfica que descontou um título antecipado e deixou a conta da revista" no vermelho. e eu com isso?

'ou seja galvão', como diria um comentarista almofadinha de fórmula 1, a gráfica recebeu.

e eu? claro que não. [ainda]

25.7.08

viva o pedestre [o enjeitado] pelo poder público

escrevi ontem sobre a situação e a conivência das autoridades com as infrações de trânsito em são paulo. enquanto a populista lei seca [porque tem a missão máxima de elaborar bons números e estatística para ser usada em campanha eleitoral] é aplicada com subjetividade e esperteza, os pedestres não conseguem que as mínimas leis destinadas a quem anda na rua em são paulo sejam respeitadas, sobretudo, pela turma dos veículos motorizados.

por coincidência ou não [eu ainda não sei ao certo como chamar isso, mas tem acontecido muitas vezes e não é só casualidade], a coluna 'tendências e debates' da folha de s.paulo de hoje [25.jul.08] abordou um tema interessante para nós pedestres. [nota: nem carteira de habilitação tenho]. mas como os principais textos da folha na internet são apenas para o gloriosos assinantes, eu vou reproduzir o texto escrito pelo bacharel em direito cássio schubsky.
------TENDÊNCIAS/DEBATES:

O PEDESTRE NA MÃO

CÁSSIO SCHUBSKY


É impressionante que, em meio a todas as promessas sobre o tema da mobilidade (ou imobilidade), o pedestre fique totalmente esquecido
AS ELEIÇÕES municipais estão se aproximando, e a mobilidade _talvez fosse melhor dizer a imobilidade_ desponta entre os temas prediletos das candidatas e dos candidatos à Prefeitura de São Paulo (e, certamente, de outras metrópoles Brasil afora).

Pudera: trânsito infernal e sistema de transporte público precário produzem um resultado nefasto, afetando o cotidiano de todo mundo. E, apesar dos alertas dos especialistas em transporte público e planejamento urbano, ano após ano, o trânsito só piora, e a velocidade média de carros e ônibus diminui. O Metrô e os trens, por seu turno, estão cada vez mais saturados, com excesso de passageiros _novas estações vão sendo construídas, sim, a passo de tartaruga. Para completar o cenário, os recordes sucessivos de produção da indústria automobilística nacional apontam para um futuro ainda mais tenebroso.

É claro que, às vésperas do pleito municipal, não faltam malfadadas soluções milagrosas. Há quem garanta que vai construir dezenas e mais dezenas de quilômetros de metrô, com recursos que nascerão nas árvores.

Abundam promessas de implantação de centenas e mais centenas de corredores de ônibus, com dinheiro que vai brotar do chão. Sem falar nas idéias de jerico, de que o Fura-Fila talvez seja o melhor exemplo. Só falta agora o trenó do Papai Noel para melhorar o transporte de passageiros...

Pedágio nas marginais, ampliação do rodízio, mais restrição aos veículos de carga _o eleitor pode dormir tranqüilo, porque, depois das eleições de outubro, tudo vai melhorar.

Não é preciso ter nenhuma bola de cristal para perceber que, quando os votos estiverem computados, acordaremos, e o tráfego vai piorar, como num pesadelo. E certamente não teremos sonhado _pois tudo é demasiadamente real.

É impressionante que, em meio a todas as promessas, o pedestre fique completamente esquecido. Talvez eu esteja muito desinformado, mas não li, nem vi, nem sequer ouvi uma única declaração, até agora, sobre propostas de melhorias para essa larga fatia da população, ou seja, quase todo mundo, que, uma hora ou outra, ou todo dia, ou sempre, anda a pé.

Como não sou candidato a nada, porque, naturalmente, o meu negócio é batucada, ofereço, de bandeja, algumas sugestões de fácil consecução para melhorar a vida do pedestre.

Em primeiro lugar, é preciso rigor extremo com os buracos nas calçadas.

Já existe norma legal obrigando proprietários de imóveis a manter o trecho fronteiriço à sua propriedade em bom estado. No entanto, qualquer estatística no setor de fraturas de prontos-socorros e hospitais demonstra a estúpida quantidade de vítimas de lesões graves em cabeças, bacias, ombros, pernas, tornozelos, cotovelos, braços e antebraços, muitas delas causadas por calçadas esburacadas.

Como a Justiça não previne eventuais danos pessoais e é lenta para reparar os males materiais efetivamente causados, cabe à prefeitura, creio, punir os irresponsáveis. Ou seja: vamos deslocar um contingente de marronzinhos para multar os criadores de crateras no calçamento. E, se não puderem ser os marronzinhos, que sejam os azuizinhos, os verdinhos, os rosinhas _qualquer cor serve.

Ampliar as faixas de pedestres, com pinturas e repinturas, é algo tão simples que não dá para entender tanto descaso. O mesmo para os semáforos em vias movimentadas. Exemplo gritante: no entorno da praça da Sé, em larga extensão, faltam semáforos, por incrível que pareça.

Chegou-se a ensaiar a implantação de faróis para pedestres mostrando o tempo disponível para a travessia. Vi um assim, outro dia, no largo São Francisco e fiquei até animado. Doce ilusão. Nem esse existe mais. Sumiu.
Então, o negócio é correr dos carros para não ser atropelado _isso se você não for idoso ou pessoa portadora de deficiência, que padecem ainda mais que os demais pedestres.

Ora, andar faz bem para a saúde física e mental, desde que as condições para o transeunte sejam adequadas. Depois, pedestre nunca anda na contramão, nem atropela, nem sequer excede a velocidade permitida.

Por fim, há de se considerar uma grande vantagem que leva hoje o pedestre sobre o motorista que se locomove (loucomove!) por aí: quem anda a pé está fora da Lei Seca, podendo se alcoolizar e sair fazendo serenata, tropeçando no meio-fio sem que, por isso, a autoridade constituída venha a entubar-lhe um bafômetro goela abaixo (medida sóbria, aliás, cujos efeitos positivos já se fazem sentir à farta). É a volta do bêbado com chapéu-coco, fazendo irreverências mil, cambaleando nos buracos, escapando dos carros nas esquinas sem faixa ou semáforo.

Viva o pedestre, o enjeitado pelo poder público!


CÁSSIO SCHUBSKY, 42, bacharel em direito pela USP e em história pela PUC-SP, é editor e historiador.

21.4.08

liberdade é o caralho!

cinco pessoas foram presas ontem [20.abr] no rio de janeiro. elas estavam panfletando. a mesma coisa que a igreja universal faz, a mesma coisa que o compradores de jóias e ouro fazem no centro das grandes cidades, a mesma coisa que os estelionatários fazem, a mesma coisa que o governo faz à respeito da dengue, a mesma coisa que imobiliárias fazem... a técnica é mais antiga que andar para frente: distribuir, em forma de panfletos informativos, o ponto de vista sobre determinado assunto. seja ele ideológico, comercial, pessoal, de utilidade pública...

a única diferença é que a rapaziada estava panfletando a 'marcha da maconha'. passeata que será realizada no dia 4 de maio em dez cidades brasileiras. que pede que, pelo menos, se inicie um debate sério sobre a descriminilização da cannabis. manifestação legítima, garantida pela constituição federal brasileira:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;”

a hipocrisia no brasil beira o escândalo. enquanto a mídia se mobiliza em favor de determinados políticos, se mobiliza para julgar cidadãos por antecipação, se mobiliza para desmoralizar governos voltados para o povo pobre, a polícia faz esse trabalho sujo de prender pessoas que defendem [não fazem apologia] ideais para alimentar a imprensa.

louca para que os pobres sejam cada vez mais pobres. a elite, com seu pensamento egoísta, dá risada de suas poltronas confortáveis, com a mesa de centro forrada de cocaína e uísque 18 anos.

e ainda tem gente que acredita!

18.4.08

câmera da reuters[assassinado]


um ataque aéreo israelense matou o cameraman da agência de notícias reuters, no dia 16 de abril, em gaza. fadel shana, de 23 anos, e dois civis palestinos morreram após o ataque. o câmera capturava imagens para a agência quando foi surpreendido pelo ataque. no vídeo, é possível ver o momento do disparo e o blecaute posterior ao ataque. [por emiliano cienfuegos]

15.4.08

a história ianque[do mato]

em tempos de marcha da maconha, organização mais que necessária, feita por gente inteligente, trabalhadora e engajada nos direitos do indivíduo, nada melhor do que jogar ainda mais luz sobre o tema: cannabis. a falta de informação sobre o assunto é notória, baseada em conceitos pré-estabelecidos por uma política, sobretudo, norte-americana de combate à uma planta. "é coisa do demônio. de bandido. os assassinos usam maconha".

o companheiro vilauba herrera já falou sobre o documentário grass[1999], mas também gostaria de fazer minhas palavras. é um filme rico em informações sobre como os estados unidos conseguiram transformar em um monstro aqueles que usam a cannabis. tudo porque tinham medo dos imigrantes mexicanos. a publicidade ianque contra a erva é uma das mais escrotas de todos os tempos. muito semelhante à publicidade utilizada na invasão de países ao redor do mundo. vide iraque, nicarágua, vietnã, afeganistão, cuba, panamá, coréia... [vilauba me ajudou].

contrários ou favoráveis à erva. o filme serve a todos. a película tem excelente narração de woody harrelson, de quebra. documentário bastante irônico, que define por períodos cada técnica empregada pelo governo ianque na tentativa de extingüir da terra uma planta. coisa digna de brincar de ser deus. coisa de norte-americano. tem hora que o riso e o choro caminham juntos, porque a falta de veracidade dos argumentos parece coisa de quarta série.

quem quiser baixar o torrent do filme, só clicar aqui e boa viagem.

promoção: quem comentar depois aqui suas impressões sobre o filme ganhará um cigarro, não de maconha, é claro, mas qualquer um da philips morris, ou da souza cruz. podem escolher. ah, e quem tirar uma foto assistindo ao filme leva de brinde uma garrafa de cachaça, de cerveja ou um calmante tarja preta da indústria farmacêutica, onde todos os produtos são lindos, maravilhosos. e ainda tem a opção de utilizar o mundo fantástico dos genéricos.

crédito do torrent
[www.cinecombo.blogspot.com]

13.4.08

tartarugas podem voar[cinema]

querem ter uma noção do que se passou/passa com as pessoas em situação de refúgio? o filme tartarugas podem voar[2004] consegue isso facilmente. na fronteira entre o irã e o iraque, crianças lutam para ganharem um dinheiro retirando minas norte-americanas. em troca de pouco dinheiro, antes que a coalização dos países ocidentais, lideradas por george wallker bush, invadissem o território em busca de armas químicas. leia-se petróleo. o interessante é que o filme é baseado na relação das crianças do campo de refugiados. a história pode parecer superficial para alguns, mas os traumas escondidos em cada personagem infantil desta película é de arrepiar até a medula. difícil para nós, brasileiros, imaginarmos a situação. [por fabrício delima]

o download do torrent por ser feito AQUI
[fonte] www.cinecombo.blogspot.com

27.3.08

[longa] estrada da ]liberdade[

tinha 19 anos. queria manter a postura, não era medroso. a fita tava quase levantada. faltava um mês. ele resolveu entrar na barca e as coisas começaram a ficar 'moiadas'. sua função era simples, ele aceitou. foi agir junto com o primo e mais três comparsas. foi a brecha que o sistema esperava. era até que de boa. jogava bola e fugia da mãe. um monstro que tentava lhe obrigar a estudar na base da mangueirada. não dava para os estudos. e olha que na sua rua eram três escolas.

com a vítima já no cativeiro, a ação começou a degringolar. a queda de um balão na frente da residência escolhida foi o empurrãozinho pro jogo de dominó. um maluco acabou assassinado na disputa pelos restos do balão. coisa típica na periferia de uma cidade grande como são paulo. na confusão, ele mesmo sugeriu que liberassem a vítima, uma mulher. rica, segundo as informações levantadas, por bem mais de um mês, pelo observador, que levaria sua parte dos 250 mil reais exigidos.

a coragem se transformou em medo. a mulher já estava solta. a maioria dos funcionários da ação fugiu, com medo de cair na tranca-dura. ele não. ficou em casa, vivendo a vida normal. até que o primeiro miliante foi encontrado pela polícia e a casa caiu. o mesmo que o chamou de medroso começou o processo de dedurar todos. ele caiu por conta de uma foto na carteira de reservista ["nunca gostei de tirar fotos, mas elas foram parar no fantástico e os carai."]. o x-9 foi com a polícia na sua casa apontá-lo. "eu não tava em casa. tá moiado pra ele agora. trombei agora com ele, mano. quando todo mundo sair, vamo conversar."

a setença do juiz foi implacável. mesmo a vítima não tendo reconhecido ele, o juiz sentenciou o
bando: 12 anos de prisão. foi parar na vida dura do sistema prisional brasileiro. passou fome, jogou bola, estudou, pensou na vida. e perdeu a mulher. desde então decidiu ficar sozinho e não gosta de colocar os nomes dos parentes na lista de visitas. tem certeza de que está sozinho na vida.

aos 25 anos, cumpriu seis anos e três meses da pena. após passar pela tranca-dura, vive em regime semi-aberto na penitenciária de valparaíso, cidade 572 quilômetros distante da capital. noroeste paulista. não é um paraíso, mas pelo menos lá não toma tapa na cara de agente todo dia. joga uma bola, muito de vez em quando, porque não quer arrumar para a cabeça. jogar bola pra ele tem de ser sério. é diversão, mas é coisa séria. parceiro gritando pra tocar a bola, pra deixar de ser fominha, não. ele não suporta.

no última páscoa teve a sua primeira 'saidinha'. claro, foi pra capital. passeou pelas suas quebradas. ficou bastante em casa. saia só depois das 23h e "não dava vontade de parar de andar. cidade é muito grande e era só isso que pensava, em andar, mesmo que sem rumo." domingo bateu uma depressão. tinha de voltar no dia seguinte. chegar antes das 17h em valparaíso.

se não chegasse, teria uma punição. não poderia usar da saidinha do dia das mães. o trânsito embaçou na ida da zona leste até o terminal rodoviário da barra funda. perdeu a condução da empresa capitalista e dominadora que lhe enfiara a faca em quase 100 mangos. monopolista, a empresa não tem dó. o preço é esse e acabou. aproveita que ainda tá barato pra você. teve de voltar no dia seguinte e perdeu o direito da saidinha do dias das mães.

como só sairia agora no dia dos pais, já sabia quanto tempo demoraria: "três meses e pouco, ó". estava desanimado, mas acreditava muito na liberdade condicional que poderá sair daqui um ano e oito meses. "setembro de 2009. só não sai isso antes porque a execução é muito demorada naquela região. o estado deveria enjaular as pessoas, mas lhe dar as condições mínimas. a água é racionada, a comida é menos de 300 gramas. isso ninguém mostra."

é verdade, o estado só se preocupa com números. não existe amor, nada disso. agente penitenciário bate pesado, dá tapa na cara de bandido, esculacha. "mas na hora que dá uma viradinha, vira tudo pai de família, por favor, não me bate, não... " no ônibus apertado, diz que só se envolveu com seqüestro e assalto. "tráfico eu não gosto não. e também não gosto que as pessoas usem drogas. a minha é o cigarro." a mãe usava drogas e lhe batia. também puxou cadeia, mas ele nem quer mais saber dela.

reclamou do café ruim da rodoviária. o pior de sua vida. tomou dois. deu um jeito e conseguiu dar alguns tragos no banheiro do baú. não incomodou os passageiros. conforme as cidades ao longo da marechal rondon foram ficando para trás, parecia que as energias libertárias iam se esvaindo. ficando no asfalto. quilômetros de asfalto e muito verde. cidades obscuras e máquinas que soltam fumaça. espetáculo lindo, fotográfico. porém, melancólico.

o sono já tinha ido embora. a expectativa ia ficando maior e sonho de voltar à liberdade ficavam evidentes. contrastando com o nó na barriga que os quilômetros seguintes traziam. a cada parada, um pouco mais de aflição. como já estava atrasado, iria curtir mais um pouco na cidade, pequena. voltaria , "tipo, cinco e meia pro presídio. " por isso talvez a melancolia não foi máxima.

sua cidade chegou, pegou sua sacola. tinha um parceiro e resolveram ficar na cidade juntos. esperou a mala, mas antes colocou sobre a camiseta de seu time, uma blusa. a partir daquilo, a contagem regressiva iria acelerar. seu peito apertaria mais uma vez. a liberdade voltaria mesmo a ser conto, apenas sonho... agora, ele seria de novo só do sistema prisional. como um monstro que engole e regurgita as pessoas como bonecos. mas tudo isso já ficou pra trás, na rodovia.

[baseado em fatos reais]