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5.10.09

dicamelim II, a missão

hoje peguei minha magrela e colei no 'big state' pra saber quais as vantagens e desvantagens de fazer o percurso até meu querido local de trabalho. e não foi que valeu a pena? pelo menos por hoje... ainda preciso saber como será a reação física que minha maquininha de 1,75m e 72kg terá. mas a ideia é começar colando no jornal pelo menos duas vezes por semana com a magrela.

vou dar um tapinha nela também. faz tempo que preciso. ela tem de flutuar sobre o asfalto esburacado da região da barra funda-bairro do limão. confesso que é um pouco tenso encarar o trânsito. mas tento ser o mais correto possível e cauteloso também. sem fone de ouvido. não quero, claro, ficar pelo caminho.

percurso: casa / big state

de busão! três viaturas (se deixar meu lar antes das 12h10 leva 40min, mas se deixar passar disso, pode levar coisa de 1h40 pra fazer o mesmo trajeto. já levei mais de 3h em dias de chuva forte).

de bike!!! eu e a magrela (ida, foram cerca de 44min, ainda parei para calibrar os pneus na pompéia. [perdeu o acento, né?]. para ir, o odômetro marcou 9.8 km's. na volta, deixei o big state por volta das 20h55 e eram 21h17 e já estava no meu lar. 17.4 km's).

o resultado disso?
foi que eu cheguei pra trabalhar numa felicidade que nunca havia demonstrado. foi delicioso colar no trampo apenas movido pela força das minhas pernas. nada de combustível, de fumaça (a não ser a tragada pelos meus pulmões e pelos milhares de ciclistas. normal). não precisar do carro, não precisar do ônibus, não usar o busão da firma. é uma sensação de liberdade ímpar. vale a pena a busca.

é isso...
agora é manter o ritmo. e avante!

1.3.09

chupa udr

os coronéis ruralistas que se fodam. e olha que eu conheço alguns e tenhos amigos ruralistas. mas os comandantes da união democrática ruralista (udr) devem mesmo morder a fronha vermelha de seus travesseiros.

ainda mais depois dessa notícia:
Entidades privadas receberam
R$ 221,8 milhões em 2008


o jeito vai ser aumentar policiamento particular de suas terras. arrumar mais trabalho para os pistoleiros que não movem sentimento para chacinar famílias agrárias legítimas.

viva a cana-de-açúcar e os arrendamentos sem fim.
deserto verde é uma palavra bonita.
as terras são produtivas.
aquelas com plantações de soja ou eucalipto são ainda mais.

viva o coronelismo.
afinal, o sarney tá ai ainda e ninguém fala nada.
amém, gilmar mendes.

6.2.09

sabotagem em nome da moral

e não foi que os moralistas ianques acabaram punindo mesmo o nadador michael phelps. típica punição moral, já que o fato de ter sido flagrado dando uma bongada numa festa universitária não tem nada a ver com sua condição de atleta. serão três meses de punição. além disso, o ganhador de 14 medalhas olímpicas na natação aos 23 anos de idade não receberá repasse de verbas de patrocínio da entidade que comanda o esporte nos estados unidos.

eles, os dirigentes que julgam a moral de phelps, já que não foi pego em nenhum exame anti-doping, deram uma explicação pífia, que beira o ridículo, para justificar a suspensão imposta.

ainda bem que depois de londres-2012 ele irá parar de competir. foi o que ele disse. talvez decidirá se aposentar com mais algumas medalhas de ouro no peito. tudo isso aos 26 anos.

poderá assim, desfrutar da vida normal.
e dar suas bongadas em paz.
longe daqueles que pretendem sabotar sua carreira.

tudo em nome da moral.

8.1.09

sustentabilidade canabinnóica[homebox]

a sustentabilidade não é pauta apenas dos assuntos sobre o meio ambiente. o sistema no brasil criou uma maneira perfeita de estimular e sustentar o tráfico [drogas, armas, órgãos, animais, influências, mulheres...] fechando os olhos para o que é óbvio: os poderosos do alto escalão de brasília são os que alimentam e ganham muito com esse estímulo.

por isso, começando o hempy nem year 2009, gostaria de anunciar que a sustentabilidade chegou até nós, humildes maconheiros do terceiro mundo. os jardins urbanos, loja de hidroponia e cultivo em interiores, apresentou uma ótima solução para não precisarmos mais alimentar o tráfico. assim, a tarefa principal fica na mãos dos caras em brasília.

mesmo que modestamente. para aqueles que podem investir no 'auto-sustento' cannabinóico, ou até mesmo skuncóico, a dica é:

HOMEBOX - jardins urbanos

é só aderir.

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"não tem jeito, a gente sempre investiga, investiga, e chega nos poderosos em brasília. é como se fosse um bicho grande com várias cabeças. mas a cabeça principal é difícil de pegar, porque estão meio que protegidas pelas altas cúpulas. mas uma hora a gente chega lá" - protógenes queiroz, delegado da polícia federal, quem comandou a operação satiagraha, responsável pela prisão de figurões do poder obscuro no brasil.

31.12.08

hempy new year!

a esperança é quando a dor presente nos faz tentar outra vez.
[francisco frança, o chico science, 1966-1997]

7.11.08

rádio[420]

duas vezes que eu cólo pra gravar um programete da rádio420 com o dj serjão, do groove livre. as duas vezes foram muito legais. pelo menos acho eu. achei. só sei que me diverti e que as idéias vão fluindo. melhor assim que ficarem paradas na cabeça de um ou outro.

no primeiro programete, que dei pitacos e palpites e sensações, a gente falou de bastante coisa, tudo por conta da seleção gilberto gil [sandra, nêga e photograph blues] feita para a ocasião.
BAIXAR o programete do gil

o segundo programete foi na tarde quente [29ºC] de são paulo. na poluída região central da cidade. falamos de quem tem preguiça. [caju & castanha, tim maia e planet hemp]
BAIXAR o programete do caju

coisa que o dj serjão não tem.

16.10.08

boas e[justas]palavras

muito bem colocado o comentário de um leitor do uol sobre a matéria "Minc apóia Marta, mas diz que propaganda que questiona Kassab foi equívoco". publicado no 'caderno brasil' da folha online.

Não vi nenhuma apelação por parte da campanha da Marta, o que acontece é que a imprensa sempre invadiu a vida pessoal de candidatos que eles não gostam, quase sempre os do PT. Vocês se lembram quando ela estava se separando do Senador Eduardo Suplicy? Como exploraram este assunto. Agora, só porque a campanha da Marta indaga em alguns comerciais a respeito do passado político e pessoal do candidato Kassab, se faz este vendaval todo. Ou não é verdade que ele era o Secretário de Planejamento do governo Pitta e articulou a defesa do ex-prefeito com o nome de "reage Pitta"? Tocar a vida pessoal dos candidatos do PT pode, dos outros, não. Como são hipócritas esses senhores!!

faço essas as minhas palavras.
pra um lado pode, pro outro não pode.
sempre foi assim.
hipocrisia do caralho.
será que tão pouca gente exerga.

13.10.08

11.9.08

do morro [discurso aos medíocres]

e do alto do morro ele gritou. como se todas as energias daquele gritar transformassem os sonhos em realidade, e as injustiças seriam adulteradas em forma de justiça.

"lá, bem prá lá pro lado das outras vidas. aquelas que serão mais agradáveis. que serão mais loucas, mais intensas. receberemos os medíocres de braços abertos. fiquem à vontade nesse mundo de hipocrisia e desigualdade. onde quem pode mais é aquele que tem dinheiro. fodam-se os medíocres, que se danem os homens de pouco caráter, que tiram do cidadão o direito de deixar suas vidas menos pesadas, dolorosas...

toda noite ele gritava isso. ficou rouco, é claro, muitas vezes. e o discurso era imenso.

após acabado o discurso que executava [quase] todos os dias, aproveitava para organizar as operações do dia seguinte. no seu negócio lucrativo, mas não para ele. mas sim, para os homens de colarinho branco. aqueles mesmo que entre ano e outro exploram as mazelas da sociedade em próprio benefício, e de seus pares.


seu negócio era sinistro. ele sabia disso.
trabalhar no tráfico tem suas conseqüências.

o morro era o do cantagalo. terra de bezerra da silva.

salve bezerra!

16.5.08

é mato! [dos antigos]

quero e vou voltar pra são paulo em breve [isso é fato, acho que vou escrever sobre isso logo mais]. mas aqui em mirandópolis tenho tentado exercitar a mente. usando de métodos que a gente vai aprendendo com o tempo. com a vida. com calma. ai, de repente, quando tudo parecia mecânico na sua rotina, as coisas mudam. e ai se pode aplicar a experiência.

a fotografia tem me levado a observar coisas que há muito tempo não sabia realmente que ainda existia. mesmo quando cheguei por aqui, no início do ano. achei que a globalização tinha levado parte da essência de cidade do interior. claro que não é a mesma que deixei há mais de 10 anos, mas não quero saber do novo.

na ânsia de fotografar tenho me aproximado de quem sabe. quero mesmo é conhecer os velhos. descobrir como as pessoas sobrevivem em tempos modernos. pessoas que chegaram aqui na cidade quando tudo era apenas mato. milhas e milhas de muito verde, mata fechada, dura de atravessar. a cidade é jovem, foi fundada em 1938. na boca da segunda guerra mundial, apenas isso. é menina ainda.

por conta disso, imaginar que muitos dos habitantes não são daqui. muitos deles migraram para a cidade, lógico, depois da sua fundação. conheci joão miguel filho de deus, um jovem de 73 anos de idade, que saiu de garanhuns (pe) na década de 40 pra viver por essas bandas. pessoa humilde que cuida de seus animais [um deles], sua charrete, vende queijo, tem terrenos arrendados, planta milho...

há pouco [hoje] ainda conheci outro exemplar de vida como esse. dona cida. mãe doente "encamada", como me disse, para cuidar. "meu marido é um que anda pela rua, só ele usa bengala. tá meio doido, coitado. já está velhinho. e ontem operei", e abaixou a cabeça para me mostrar o curativo da biopsia. "estou preparada pro resultado, mas tenho pessoas para cuidar".

ela me contou que conhecia minha avó. falou dos tempos em que minha avó "costurava para fora", disse que é muito amiga da dona lourdes. realmente. depois me chamou para aparecer na casa dela na parte da tarde, pra gente conversar mais. e tudo isso porque, quando passava em frente da sua casa, eu perguntei a ela, que no momento conversava com seu joão, se sabia o nome de uma planta que tinha na calçada. "a gente chama de mato mesmo, né seu joão?"

de repente eu apareço lá pra aprender mais um pouco e descobrir mais da história humilde dessas bandas de cá, "onde não vale a pena ir pra passar só um fim de semana. é muito longe", como dizem alguns amigos...

antes que eu volte.

11.5.08

velhos costumes[daqui]

10.mai.2008/de lima/dubem - um eqüino [urbano, foto logo abaixo]. em mirandópolis ainda é costume típico cavalos serem criados praticamente soltos. os donos escolhem o melhor matagal e amarram seus animais pra que possam comer do bom verde mato. no fim do dia, recolhem seu animal. essa prática força medidas cômicas, como moradores que peduram placas nas árvores em frente de suas casas: 'proibido estacionar animais'.
[atualização do texto: vale lembrar que essa placa está colocada em uma árvore situada à frente de uma casa, que por sua vez fica no centro da cidade, ao lado do principal e maior supermercado do local. ou seja, não existe limite para os comedores de verde mato em mirandópolis. o centro é pouco.]

8.5.08

expedição[machado] torre

que estou vivendo um tempo em mirandópolis, no interior de são paulo, acho que todo mundo que dá umas bandas por aqui já sabe. só se algum marinheiro de primeira estiver lendo esse post. então por isso tenho tentado fazer algumas coisas diferentes. digo diferente para o cotidiano que eu encarava em são paulo.

a monotonia de uma cidade pequena só pode ser entendida/sentida por quem nela está. e mesmo assim, depois de algum tempo como hóspede do local. como na montanha mágica. por isso resolvi outro dia colocar em prática uma vontade: ir andando de mirandópolis até o amandaba [machado de melo], distrito da cidade. contei outro dia com o joão fernando e deu mais ou menos uns 8 quilômetros uma perna do percurso.

a idéia era chegar em tempo para acompanhar o pôr do sol em um lugar que eu considero maravilhoso. é conhecido da rapaziada que antigamente colava para escutar um reggae, tomar um vinho e torrar uns bauretes, dar beijo na boca, ver o sol nascer e morrer. uma rapaziada aqui na cidade conhece 'a torre'. sabe também d'o pico'.
queria fazer umas fotos. quando o sol vai descansar, o céu ganha tonalidades mágicas. e cada dia é um pouco diferente do outro, sempre. é meio óbvio, mas só estando lá pra entender que não. se tem nuvem é uma coisa. se está pra chover, outra. resolvi então registrar essa caminhada, que lembra um pouco da minha vida.

foi a primeira vez, desde que sai daqui há mais de dez anos, que me senti realmente livre. sozinho com os meus pensamentos e com a minha vontade de respirar. de sentir, de interagir com paisagens que já tinha esquecido. coisa de louco. são mais de 30 mini-vídeos que coloquei no youtube. podem ser vistos independentes. e estão brutos. sem edições, o máximo de sinceridade.

e as fotos do pôr do sol. elas podem ser vistas também no flickr dubem. estão etiquetadas com a marca 'expedição machado de melo'. é o mais bonito que já vi na vida. talvez porque envolva todos esses sentimentos que contei. a vista parece que vai além do horizonte. é muito campo da visão tomado pelo azul, pelo amarelo, pelo sol, pelo verde... espero que
gostem.

vou tentar fazer outras. até.

[observação]
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