14.8.08

me recuso

todas as manhãs tenho de escolher a quantidade de realidade que vou encarar naquele dia. pelo menos até o momento em que as responsabilidades estejam completadas, e a régua já tenha sido passada. a cada pílula de 'veneno da verdade' ingerida, mais absurdo e incoerente o mundo parece, como o ser humano, ser. a vontade de se dar melhor que a pessoa ao lado, a qualquer custo, acaba refletindo. no dia. o próximo que se foda.

a verdade não é tão legal assim, não por acaso que os publicitários conseguem cada vez mais manipular os desejos e as necessidades reais. a publicidade só funciona para vender. na hora de educar ela é falha. um cartaz indicando que você não pode beber, e se beber não dirija, não consegue se impôr diante das bundas que estimulam o consumo da bebida, por exemplo. o objeto pouco importa. da mesma forma que o bem-estar de quem esteja ao lado importe menos. ainda.

vou tentar maneirar nas doses de veneno... senão fica complicado encarar a realidade da maioria. e é nesse plano que pretendo ficar por uns tempos. descer ao fundo da piscina e depois retomar as braçadas valorizando o fôlego e a respiração conquistada.

mas eu prometo que me recusarei a aceitar a decisão.

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