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13.3.09

mulher maravilha

já imaginou o pedro bial anunciando em rede nacional que você está grávida?
parece que pode acontecer em breve.

viva a tevê brasileira e seus heróis.

10.3.09

o dia em que josé serra chupou

e foi a rainha dos baixinhos que conseguiu dar um tapa na cara do então ministro da saúde. xuxa teve de se defender das palavras de josé serra, que acusou a loira de ter influenciado milhões de jovens a engravidar, já que ela fez uma 'produção independente' com luciano szafir, que resultou na popstar sasha.

pra gente não esquecer de lembrar as opiniões e idéias de imbecis da estirpe do tucano que governa são paulo. e quer governar o brasil. engraçado também que a oposição critica o presidente lula por 'não saber nada' do que se passa no governo dele.

será que na época do fernando henrique eles sabiam de tudo também?

o serra, pelo menos, não sabia. mas chupou!
em horário nobre

11.2.09

os heróis de pedro bial

hoje eu vi o twitter do pedro bial. e ele lançou a última mensagem assim:

"Hora de ir pro estúdio. Já, já começa mais uma noite de eliminação no BBB9. Fiquem de olho e torçam pelo seu herói preferido!!! Fui!"

só achei estranho chamar uma pessoa que participa de um reality show de herói.

herói pra mim é o batman, o gustavo kuerten, o michael phelps, o ronaldo fenômeno, a madonna, a nina simone, o gandhi, o mandela, o malcom x, o bob marley, o miles davis...

o bial chamou esses bonitinhos sedentos por um milhão de 'heróis'. olhem no dicionário a acepção de herói, se tiverem curiosidade. o bial deve viver num mundo diferente do nosso.

talvez a gente descubra mesmo que herói é o brasileiro que consegue passar um mês com um salário mínimo e uma cesta básica.

'herói' é quem canta rap, quem faz repente, que pega latinha pra tirar um trocado. 'herói' é o moleque que sai da periferia e consegue um trabalho decente na cara da burguesia. 'herói' são tantos outros que lutam dia-a-dia pra poder comer e dar aos seus familiares uma vida honesta e decente.

o bial acho que não sabe o que é herói.
afinal, quem manda no cara é o boninho.

triste.

9.2.09

a publicidade não conta?

uma matéria veiculada na voz da verdade brasileira, o fantástico, da gloriosa rede globo de televisão. fizeram essa [texto + vídeo] matéria sobre como e porque as pessoas [a]normais não conseguem controlar o impulso de consumo, no caso, nas liquidações.

falaram de cérebro, de córtex, de neurociência, mas esqueceram de comentar influência da propaganda no processo todo. muito superficial a análise.

por que será?

29.1.09

hélio gracie, um velhinho porreta

o primeiro contato que tive com as lutas de vale tudo foi no início da década de 90. interior de são paulo, sem internet, sem muita informação, a não ser aquelas veículadas pela graaaande mídia. ficava complicado acompanhar o que a vanguarda paulistana acompanhava. desde album de figurinhas até informação do seu time de futebol, tudo era foda de conseguir. só a molecada que tinha acesso eram os japoneses e os jovens elitistas do interior [filho do dono da padaria, do gerente do banco, da banca de revistas, do supermercado, do delegado, do juiz e do prefeito, claro].

e foi justamente vendo um clipe do sepultura, attitude, que me despertou à história da família gracie. para muitos, até hoje, um clã de vagabundos-brigadores-de-rua. nos anos 90, o vale tudo nem era visto como esporte, mas os caras da banda sepultura, na época ainda com max cavallera, viviam nos estados unidos e perceberam rápido a importância daquela família, cujo patriarca, hélio gracie, havia construído para ser a mais vitoriosa das artes marciais... o brazilian jiu-jitsu ganhou os estados unidos, o japão, royce gracie dominava o ultimate fighting e rickson gracie era o lutador mais temido do planeta terra.

tudo porque hélio gracie conseguiu dar ao jiu-jitsu uma característica que tornava essa arte marcial uma máquina de aniquilar os rivais especialistas em outras modalidades [wrestling, karatê, full-contact (apresentado por van dame), kickboxing, judô, sumô...] Naquela época, vale tudo era basicamente o confronto entre duas artes. hoje tudo está mudado nessa prática, que assumiu 'estatus' de esporte, mudou suas regras para dominar o japão e o estados unidos, sobretudo. e nem vale tudo mais assim.

bom, tudo isso porque hélio gracie morreu. aos 95 anos, o velhinho que ensinou o mundo [a swat norte-americana, por exemplo] a encarar a luta entre homens de maneira diferente partiu para uma melhor. depois dele, nunca mais o mundo das artes marciais foi o mesmo.

acho que pouca gente sabe quem são esses caras.
fica o registro.

20.1.09

renascer e [a perna curta]

não vou entrar nessas de 'conforme venenodubem antecipou', mas o pessoal que mora na patolândia já começou a abrir o bico. a associação de moradores também. e agora a defesa civil entregou o ouro:

os caras fizeram mesmo uma reforma irregular no teto. trocaram todas as 1,6 mil telhas do imóvel.

o presidente da renascer mentiu anteontem, e hoje a verdade apareceu. foi a vez da defesa civil soltar o verbo para dizer que 'havia material novo nos destroços da igreja', como telha e ar-condicionado.

sem contar a história dos cupins.

qual será a próxima cascata?
vamos todos contar mentiras.

não dá nada! nunca!

17.12.08

emperrou mesmo[a roda]

eu não vi o roda viva com o ministro gilmar mendes. mas o pedranches, do video-grafia, viu. deu suas considerações, disse que o roda viva emperrou e ainda comparou o desempenho terrorista de alguns entrevistadores com o que a veja pratica. como era o esperado em uma entrevista escolhida para ser feita na clandestinidade, no meio de uma segunda-feira pré-natal, pré-festa...

'veja a roda viva'. 'veja a roda viva nessa época'. os trocadilhos não são menos infames do que o quê esses veículos costumam publicar como verdade antes do julgamento. disso gilmar mendes não quis saber muito. muito menos quis dizer onde está o áudio do grampo feito no seu gabinete, que segundo consta foi ele mesmo quem armou e divulgou para a veja.
leiam a carta capital.

ainda, pedranches colocou link para o texto do ombudsman da tv cultura, ernesto rodrigues, que descascou a atuação da bancada chapa branca escolhida pela emissora. quem bateu palminhas foi reinaldo azevedo, o bolotinha. quem tentou mexer na ferida, quem diria, foi lillian witte fibe. que tragédia. o jornalismo está morrendo.

o video-grafia passa agora a integrar a lista de links dos [hermanos] do venenodubem. boa fonte para novos assuntos. assuntos que não consigo, muitas vezes, acompanhar. acho que to ficando velho. isso acontece. até fizemos coisas juntos já. coisa de velho.

velho sangue bom.

2.9.08

tevê a cabo[de encher o saco]

tava aproveitando a brecha que a net deu para seus assinantes pobres. aqueles que não podem pagar pelo pacote maxi-plus-mega-hiper descolado, com 80 canais gringos e 30 outros de pay-per-view de cinema. enquanto manchester prepara mais uma de suas intervenções urbanas, que tô pensando se vou registrar, coloco no canal brasil. um dos preferidos quando rola o boi da net junto com o history channel...

eis que vejo a chamada do filme baixio das bestas, que muito me deixou curioso quando assisti um bate-papo com o diretor, cláudio assis. o cara me pareceu um idealista nato. na linha do comunismo, talvez. mas o comunismo não é mais o comunismo, assim como o socialismo. mas isso pouco importa. o lance é que quando vi o matheus nachtergaele, que deve ser o protagonista do filme. foi então que me bateu uma certa preguiça.

ver o cara ali, falando com as câmeras, me tirou a vontade máxima de ver o filme. o trabalho do ator é maravilhoso. só que os atores dessa linha, oriundos do norte-nordeste do brasil, são hipervalorizados no sudeste, por exemplo. matheus nachtergaele é endeusado em são paulo. gero camilo é outro reverenciado pela elite da classe teatral paulistana. wagner moura nem se fala. e o parceiro lázaro ramos aparece de hora em hora na televisão. igual resultado da tele-sena.

não que o trabalho deles não seja bom, ótimo, qualquer que seja o adjetivo. o lance é que eles enchem o saco aparecendo a todo momento. perde-se então a admiração máxima. o nachtergaele por exemplo, não só apareceu na chamada para o filme, mas também estava sendo entrevistado em um documentário sobre a lucélia santos. e estava no filme que veio na seqüência. não me lembro o nome. uma overdose de nachtergaele. uma hora enche o saco. como várias coisas na vida. e troca de canal.

sei lá, o selton mello aparece bastante também, mas não costuma fazer novela.

será que é essa a causa maior para a minha rejeição ao pessoal do norte-nordeste, a novela? será que e é preconceito da minha parte? será que eles não são tão bons como a elite teatral paulistana costuma alardear por ai? qual o motivo de tanta pagação de pau para alguns, e pouco [talvez nenhum] reconhecimento para outros atores/artistas? a mídia abusa do improvável [na visão da mídia, por exemplo, uma pessoa humilde sair do interior de pernambuco, mostrar seu trabalho e ainda ser reconhecida]? será que o selton mello causa menos impacto [se causa] por conta da sua vivência na região sul-sudeste do brasil? será que ele é mais paulista/carioca e irrita menos?

não sei, são tantas as questões... que nem mais com 'grandes vontades' fiquei de ver o filme.

22.7.08

midiáticas[do G1, da grobo]

22/07/2008 - 15h06 - Atualizado em 22/07/2008 - 16h01

Explosão provoca susto na Avenida Paulista

último parágrafo: De acordo uma funcionária da Academia Bio Ritmo, a explosão chegou a deixar as pessoas que estavam na academia preocupadas. “Foi como uma explosão mesmo”, disse a mulher, que estava em um setor administrativo da empresa no 17º andar.
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poderia ter sido como um sussurro, ou um estalinho de salão?

com uma dessas só mesmo pra ficar no anonimato. mas não a funcionaria, e sim a besta do repórter que escreveu isso e não teve coragem nem de assinar o texto.

se esconder atrás do anonimato é tranqüilo. bem o estilo dos barões da imprensa. que manipulam e nos enchem de inutilidades a cada noticiário, sobretudo na tevê.

educar e contribuir para que as coisas fiquem menos fodidas para o povo eles não pensam. as concessões públicas de televisão ajudam e colaboram para a ignorância de um país que poderia ser muito mais que isso. mas não é.

sei que é clichê isso tudo que escrevi, mas que se foda. clichê é não discutir e tentar revolucionar pensamentos. de clichê em clichê... nada muda nessa porra.

11.11.07

pela tevê

as novelas da rede globo são fantasiosas. sobretudo a famosa "das oito". sempre a menina dos olhos da audiência do império marinho. tem perdido muito terreno. talvez porque as pessoas estejam percebendo melhor as artimanhas das outras emissoras. cada um joga do seu jeito, mas nenhuma joga tão sujo como a rede globo. queria escrever só isso. não se pode acreditar na rede globo. nunca de primeira.

estou no interior de são paulo. tenho visto muita televisão, faz dias. é um hábito por essas bandas onde nasci. retorno à infância em momentos na frente do televisor. segunda, terça, quarta, quinta... vi televisão todos os dias da última semana. televisão por satélite. imagens captadas pelas parabólicas. um satélite na cabeça, longe do mangue.

a verdadeira informação precisa ser mais abrangente.

as conclusões precisam ser tiradas por quem assiste, não por quem apresenta. a rede globo não segue isso e coloca o interesse acima de tudo. chega de manipulação.

10.10.07

foi o chávez[quem fez]

os defensores da rede globo, do grupo folha, do grupo abril, entre tantos outros grupos brasileiros do mesmo calibre, costumam ficar bravinhos quando seus ídolos de mídia são chamados de golpistas [né, reinaldo azevedo?]. mas uma palhinha do golpismo da imprensa brasileira eu consegui constatar essa semana.

foi patética a matéria da rede globo de televisão sobre o banco del sur [banco do sul] no jornal nacional e, posteriormente, no canal fechado globo news.

a idéia de fugir da gerência de instituições como o FMI e o BID [entre outras] foi de hugo chávez, presidente eleito da venezuela. interessante que a globo não citou isso. não foi só idéia do chávez, como o banco iria existir mesmo que o brasil não topasse entrar. o brasil, bonitão, espertalhão e egoistão, foi contra a iniciativa por já contar com o bndes.

para se ter uma idéia, a sede do banco, que vai emprestar dinheiro para os países da américa do sul menos abastados investirem em infra-estrutura, será em caracas. mas a reportagem disse rapidinho isso, e ainda esqueceu de fazer jornalismo e dizer que caracas é a capital da venezuela.

preferiram colocar a figura patética do nosso querido ministro da economia, a múmia chamada de guido mantega, na matéria discursando como se o brasil fosse o grande articulador do banco del sur. como se o brasil fosse um grande defensor dos oprimidos na américa latina.

ainda bem que tem uns gringos que costumam olhar as coisas com mais critério (ou não), mas é que a criação do banco del sur foi uma porrada no governo brasileiro [notícia do el pais, ironicamente publicada pelo globo online, em uma visão da bbc brasil] segundo os espanhóis.

por[emiliano cienfuegos]

26.9.07

mel na chupeta[brown]

achei fraca a entrevista [transcrição do globo online] do roda viva com o mano brown, mc dos racionais. a lista de entrevistadores não foi a ideal. seria interessante que tivesse alguém na banca que colocasse questões mais antagônicas para que o mano pudesse falar mais. acabou ficando com gostinho de bolas rápidas pelo meio, à la ricardinho e gustavo na seleção de vôlei. as pessoas levantando para o mano cortar.

bolas rápidas porque não deixavam o mano falar, pô. a rasgação de seda passou um pouco dos limites. os entrevistadores estavam afoitos. não deixavam o mano brown raciocinar com calma. o mano não está acostumado a lidar com as câmeras daquela maneira. ele é um cara que se manifesta muito bem sob o olhar das massas, na sua quebrada.

e faltaram na banca pessoas mais questionadoras. perguntas básicas não foram feitas. me pareceu que o video inicial, onde contou um pouco da sua história, dava vários temas para serem debatidos na roda. mas parece que se esqueceram. ficaram tão ligados em papéis com letras de músicas, entrevistas citadas [sem nomear as fontes] de outrora. faltou pegada.

josé nêumane [jornal da tarde] pouco falou. uma das poucas vezes em que manifestou-se, nêumane tirou de mano brown sua opinião sobre cuba. ai, de pronto, o paulo markun [mediador e presidente da tv cultura] perguntou: você é um socialista? mano começou a responder, quando o escritor paulo lins [cidade de deus] atropelou-o com a palavra. morreu o assunto.

renato lombardi [jornalista], talvez porque trabalha na tv cultura, não conseguiu se soltar para mandar sua linha direita policial. queria jogar uma responsabilidade para cima do mano, que já havia dito que não tinha nada de messias, nada de líder... era apenas o comunicador do capão redondo, como tantos outros grupos da periferia. som de preto.

paulo lima [sócio e fundador da editora trip e quase um barão da imprensa] se esforçou e, em alguns momentos, conseguiu surpreender. com perguntas do tipo: quando você chorou pela última vez? e fez perguntas em momentos em que o mano falava. fraco. ricardo franca cruz [editor-chefe da revista rolling stone tupiniquim] levantou o assunto da pirataria. e mais nada.

a maria rita kehl [psicanalista e uma gracinha de pessoa] alisou bastante o ego do mano. decorou algumas letras, mas não soube o que fazer com elas. ninguém contestou o mano. só o nêumane no papo de cuba, e mais ninguém. o papo ficou tão perdido, que até o paulo caruso [cartunista do roda viva] perdeu a mão com vários desenhos preconceituosos até. fracos.

o mano brown? ficou perdido no meio de um monte de perguntas desordenadas e sem pegada. nem o tumulto entre polícia x cidadão na praça da sé foi citado. brown ficou ali, no meio da roda, soltando deixas e se esquivando. tirou bem menos sarro do que eu imaginava [gostaria] que pudesse tirar. estranhou a situação "suave".


por fim, entrevista fraca e oca. muito distante dos tempos que o roda viva realmente entrevistava. perdeu-se uma oportunidade.

12.9.07

o conar e a esperança

eu tinha quase certeza. e o pessoal do conselho nacional de auto-regulamentação publicitária, o conar, ficou comovido com o meu questionamento sobre a publicidade dos postos ipiranga, explicada no texto anterior [logo abaixo]. fiz uma reclamação no próprio sítio do conar e a resposta veio de maneira suscinta, mas que dá novas esperanças no combate contra a mentira publicitária. eis a nota:
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Prezado(a) Fabrício Lima,

Em atenção à reclamação recebida em 10/09/07, cumpre informar que o CONAR instaurou a Representação 232/07, cujo objeto corresponde à queixa enviada por V. Sa.: a análise da regularidade do anúncio "PARA ABASTECER SEU CARRO E O PLANETA, PASSE NUM POSTO IPIRANGA".

O julgamento do processo ocorrerá em breve e assim que exarada, a decisão será divulgada em nosso site: http://www.conar.org.br/ - em Notícias.

Atenciosamente,
Secretaria Executiva
CONAR - Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária

10.9.07

meio ambiente [mais picaretagem]

mais uma empresa entrou no ramo da cascata ambiental. os postos ipiranga lançaram uma revolucionária campanha. na verdade, foi apenas mais um produto: o cartão carbono zero.

a idéia do cartão, quando utilizado, é "neutralizar TODO o CO² emitido pelo seu carro". mas peraí, TODO o CO² emitido pelo seu carro!? então foi descoberto a neutralização total do CO² dos carros e nem saiu no jornal nacional ou no fantástico?

a comunidade científica deveria saber disso rápido. isso, se não fosse mais uma daquelas campanhas publicitárias oportunistas que visam dar ainda mais comodidade moral aos que não têm tempo para se preocupar com o meio ambiente, mas usa o cartão de crédito [sim é um cartão de crédito da rede mastercard, claro].

não precisa ser nenhum biólogo ou ambientalista ativo para saber que não há como neutralizar totalmente a emissão do carbono com a plantação de árvores. por isso que a campanha se torna oportunista, mentirosa e, logo, muito perigosa para a conscientização da sociedade sobre os problemas do meio ambiente.

tá duvidando? continue duvidando, porque a imprensa depende dos anúncios das empresas e nunca vão denunciar isso. restam então os órgãos de fiscalização da publicidade, como o conar. [inclusive vou enviar esse texto para eles, porque me responderam outras vezes]

segue então os principais itens mentirosos expostos no sítio da empresa petrolífera brasileira na internet. não se assustem, as idéias de adolf hitler continuam por ai.

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- ao ser utilizado nos postos Ipiranga, [o cartão] garante a neutralização de todo (sic) o gás carbônico que venha a ser emitido pela queima do combustível do seu veículo;


- você abastece o seu carro com a certeza (sic) de que não vai aumentar a quantidade de partículas de gás carbônico na atmosfera;

- você contribui para a preservação ambiental, sem pagar nada a mais por isso [a parte 'sem pagar nada a mais por isso' está em negrito no sítio, em destaque]
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ah, mas tem a última, o principal sinal da democracia da campanha. você não paga nada mais ($$) por isso, mas seu crédito precisar se aprovado antes da emissão do cartão e você precisa ter uma renda mensal de, pelo menos, R$ 500.

quem recebe salário mínimo vai ter de arrumar outro jeito de ajudar o meio ambiente. vai ter de plantar árvore no asfalto.

25.8.07

a terceirização do meio ambiente

é tempo de hipocrisia explícita. não bastasse a segregacionista campanha feita pela almap para o volkswagen, cujo slogan é "por um mundo melhor, compre um fox", os publicitários estão mesmo cada vez mais ousados. sem vergonhas. e, sobretudo, adotaram o meio ambiente como garoto-propaganda de seus [clientes] escrotos produtos.

inspirado por essa grande palhaçada, que é a plantação de árvores para 'construir um mundo melhor', como isso fosse a salvação, a ypê, de propriedade da química amparo, criou mais uma balela. as florestas ypê. a campanha é resumida com o seguinte slogan: "compre ypê, a gente planta árvores para você".

o interessante é imaginar que a sociedade hipócrita brasileira deve abraçar a idéia. afinal, estão comprando um dos produtos que mais agride o meio ambiente, mas vão aplacar o sentimento de culpa plantando árvores hipotéticas, já que não vão precisar nem mesmo sujar as mãos com a terra. a ypê faz o papel, mas é preciso comprar. senão nada feito.

é a terceirização do meio ambiente em benefício dos ricos, da classe dominante do país. afinal, com a ypê plantando árvores por eles, os vários carros na garagem, ou a casa da praia construída em área preservada por lei ambiental, a culpa desaparece fácil. como um prato bem lavado na pia da cozinha.

enquanto toda a sujeira é mandada para o ralo. com a missão cumprida, só vai faltar para os hipócritas escrever aquele livro. mas se não comprar o produto, nada feito. se for assim, a ypê não planta as suas árvores. compre um detergente e ganhe uma árvore. pra quê mesmo?

31.7.07

muito além de noel rosa

a rede globo colocou no ar outro dia um de seus programas oportunistas, o som brasil. desta vez, o 'artista' escolhido foi noel rosa. o próximo será o "nosso (sic) maluco beleza, raul seixas". o programa tenta injetar a música de noel rosa, quase toda arquitetada na segunda década do século passado, na cabeça dos jovens atuais-descolados de celular na mão e cartão de crédito no bolso (perto ali da carteirinha de estudante). tem o direito de tentar.

mas, acabou ficando meio ridículo. maria rita, lucas santtana, orquestra imperial (ou seria global?) e um tal de marcos sacramento. são "artistas renomados fazendo a música de noel rosa", anunciou a anfitriã patrícia pillar, mulher de ciro gomes. muito linda, mas num papelzinho bem ridículo no 'palco giratório' da grobo. renomados eu gostaria de saber onde: no alaska, na eslovênia ou na lituânia? conhecidos alguns, renomados passam longe. e muito.

nem maria rita, a mais 'rodada' ali, escapou da situação constrangedora. sem levar em conta o estilo gostosa que estava tentando imprimir, logo ela que sempre disse ser uma mulher discreta e na dela, a filha da elis regina perdeu pontos. não conseguiu em momento algum passar o mesmo carisma e pegada que costuma desempenhar em um palco neutro. deprimente. passou longe do bom gosto.

no fim, o noel rosa, o verdadeiro artista ali daquele programa, ficou perdido em meio às caras e bocas de maria rita, e da dupla global thalma de freitas e nina becker, da orquestra imperial. muita produção, figurinos maravilhosos e pessoas lindas, para pouco conteúdo, pouca história sobre noel rosa _ que era feio pra caralho, diga-se de passagem. e, sobretudo, pouca música. periga ainda o som brasil morder algum dinheiro da lei do fomento.

interessante [e triste] foi dar uma navegada pelo site (?) oficial do programa e descobrir que qualquer crítica ao formato do programa, ou a qualidade musical, não é aprovada pelos moderadores da página, que, por possuir área para comentários, indicaria que a democracia poderia ser exercida nos comentários.

mas ai já seria querer demais. esperar atitudes democráticas de uma empresa, que até hoje apóia os militares ajudando a esconder e omitir a verdadeira história do Brasil, seria simplicidade demais. só se pode falar bem. não publicaram minha crítica construtiva.

a gente se vê por aqui, afinal, é tempo de criança esperança.

6.7.07

orgasmo no cinema

desde muito tempo o homem aprecia o sexo. desde eva e adão [hahahaha, maldita maçã], desde os primórdios, desde que foi descoberto a delícia que é ter um orgasmo.

se é uma delícia. muita gente gosta. se muita gente gosta, vira discussão filosófica, vira papo de boteco, vira tema de tese de mestrado, vira motivo de discórdia, de disputa, de conquista... de tesão.

e o cinema, na sua função, tem em muitos roteiros o desafio de reproduzir na telona [e depois na telinha] uma sensação particular. íntima demais. por ser assim, a licença poética no cinema na hora de encenar um orgamo é máxima.

clique AQUI e veja os DEZ melhores [ou não] orgasmos do cinema.

meu voto é do número cinco [¿cuánto me amas?]

26.6.07

[vídeo]prometeus[o futuro da mídia]

os veículos de mídia vêm passando por fases e fases. como se surgissem no sistema novas dimensões de informação. camadas. cada uma sendo acessada por seu próprio código, instrumento. conheça o futuro da mídia [the future of media]. hipnotizante.

22.4.07

ô loco, mêu!

serginho groisman faz um dos programas mais babacas da tevê aberta brasileira. aquele altas horas, na madrugada de sábado para domingo, é pior que os programas de vendas de tapetes persa e jóias sudanesas. o formato é batido, populista, panfletário global... a banda das mulheres é horrível, as entrevistas de serginho com os jovens são bobas e superficiais. isso para não falar dos convidados globais. serginho se transformou em bonecão da globo. bons tempos aqueles do matéria prima, na época em que a TV Cultura era realmente pública.

topei com o cordel do fogo encantado numa madrugada dessas. fiquei constrangido ao ver a banda em um dos palcos [eles têm três ou quatro deles no programa]. lirinha não parecia o mesmo de sempre. a banda não parecia a mesma. também pudera. acostumada às apresentações cênicas e de quase transe do vocalista, a banda perdeu a graça ali naquele espaço superficial e fútil. onde a discussão de idéias, o principal tema do programa, tenha sido deixada de lado há muito tempo.

lirinha foi questionado por serginho. queria saber se poderia tocar mais uma música. lirinha leu todas as datas dos próximos shows e anunciou a música 'morte e vida stanley'. o som começou, as luzes não se apagaram, e a apresentação pareceu fora de contexto. o público, claro, não entendeu o som. o lirinha não pirou no palco, e a cena começou a ficar ainda mais ridícula que o próprio programa.

por que os caras foram no altas horas? será porque o lirinha namora a atriz-cult leandra leal? deve ser... a globo necessita fagocitar todos aqueles que se aproximam de seus produtos. se não conhecesse o cordel dos tempos de sesc pompéia acharia aquela banda um lixo. foram engolidos ali pela falta de aprofundamento do altas horas. desliguei a tevê antes de ouvir mais besteiras. a música nem acabou... não precisava daquilo.

"ô lôco, meu!", como diria fausto silva. "mais do que nunca, a melhor banda de pernambuco no palco do domingão".
logo mais, é só aguardar.


++++++++
clique aqui e veja um trecho do cordel do fogo encantado tocando a música 'preta', no altas horas. lirinha se esforça, mas não consegue se soltar no palco do programa. ficou sem graça, ficou falso.

1.2.07

zé carioca

[vídeo] aquarela do brasil


samba no pé. cores e muita desenvoltura. zé carioca foi malandro. se sobressaiu na sua função de mostrar o rio de janeiro de uma maneira saudável. autêntica. é um lance até de nostalgia, do tempo que o cinema nacional ainda caminhava. dos poetas andando pelas ruas da cidade. espalhando idéias. disseminando arte.

era tempo de nelson rodrigues. do flamengo de zico. de maracanã lotado. de rivalidade saudável. de samba no morro da mangueira com cartola. época de tom jobim e vinícius. tempos em que o rio de janeiro era mesmo a cidade mais linda do mundo. hoje não é mais. os tempos são outros e a ingenuidade daqueles tempos não colam mais. mas ela continua linda... natural.