salvadores da pátria

parece que acabou a graça dos presidentes do senado federal e da câmara dos deputados. renan calheiros (PMDB-AL) e aldo rebelo (PC do B-SP), respectivamente, presidentes de cada casa, terão de colocar o rabo entre as pernas. o superior tribunal federal (STF), que também conta com alguns calhordas, decidiu que o aumento de 91% para os parlamentares precisa ser votado pelo plenário para ser aprovado.

isso graças a três deputados: FERNANDO GABEIRA (PV-RJ), RAUL JUNGMAN (PPS-PE) e CARLOS SAMPAIO (PSDB-SP). eles entraram com um mandado de segurança e o STF julgou equivocada a decisão das duas casas. as duas que representam o povo nas decisões mais importantes. tomam os rumos do país. os ilustríssimos parlamentares, representantes dos deputados e senadores na manobra ridícula, quiseram traquinar.

eles se aproveitaram de um decreto legislativo (444) de 2002 para tentar empurrar goela abaixo do povo o pequeno aumento, que geraria (e ainda pode gerar) um efeito cascata degradante. não se pode esquecer que os parlamentares iriam ter um pequeno aumento de R$ 12.847,20 para R$ 24.500,00. pouca coisa. o salário mínimo tá valendo quanto mesmo?

mas eles não desistem. insistem em colocar o povo em situação ridícula. adoram a sensação de poder, de se auto-promoverem. melhor ainda quando tem a ver com o aumento de sálario. ah, salário que eles recebem QUINZE vezes por ano, já que além do 13º salário, eles ainda ganham o 14º e o 15º salários. claro, eles precisam de uma ajuda de custo para o caviar. só aqui mesmo.

no final das contas, o STF sai de salvador da pátria, mas o povo se esquece que a presidente do STF Hellen Gracie tentou a mesma manobra para aumentar os salários do Judiciário. mais efeito cascata. é aquele joguinho escroto de poder. isso porque ao apagar das luzes, o Senado e a Câmara terão seus desejados aumentos em breve. e o STF também terá a sua parte.

todos terminam ostentando a posição de super-heróis, de salvadores da pátria, com seus objetivos conquistados. dinheiro, dinheiro, dinheiro e um rombo nos cofres públicos [que vale lembrar são cheios com os impostos da população honesta] e que se foda o povo e a opinião pública.