24.9.08

nutella, pontos brancos e o tu, tu, tu...

aquele momento que você adquiri uma guloseima é único. a sensação de poder [financeiro] de optar por qualquer satisfação do lugar. da padaria mais cara do mundo. do supermercado, do mercadinho dos chinas, dos vários locais em que as guloseimas estão à disposição do cliente. se for falar naquelas casas específicas de doces, que rola no centro e nas principais vias próximas ao metrô, e terminais urbanos... ai é sacanagem a quantidade de opções por preço é bastante em conta.

mas o lance foi que manchester comprou um pote da poderosa e sedutora nutella, 'fabricado e distribuído por: ferrero do brasil, indústria doceira e alimentar ltda. avenida...' comprou na padaria mais cara do mundo e, por isso, óbvio, pagou bem caro: r$6,49, em um potinho de 180 gramas. um copinho, na verdade. e somente os bons de bolso ou os amantes do bom sabor do doce investem em uma guloseima. manchester é um da segunda opção, que tira dinheiro da boca das crianças pra colocar em doce.

mas, eis que o potinho adquirido na padaria mais cara do mundo, apesar de estar dentro dos prazos de validades indicados na [péssima] rotulação, trouxe formas estranhas. "já faz um tempo que a nutella tem vindo desse jeito aqui ó", disse manchester, me mostrando o potinho em seguida. realmente aquilo não parecia normal. como se brotassem das profundezas de um mar de chocolate de avelã, pequeno pontos brancos, redondinhos, 'habitavam' a superficie de avelã. [na lateral no copo é possível ainda sacar pontinhos brancos que lutam par chegar ao 'solo'.]

manchester tentou ligar várias vezes para o sac, quase ilegível no rótulo, e nas três vezes a ligação durou muitos minutos, até que ela terminou no tradicional toque de: tu, tu, tu, tu... o tempo foi muito que manchester até cochilou com o fone na orelha e acordou com o toque de interrupção de ligação telefônica.

das duas, várias. ou a ferrero do brasil não tem linhas suficientes para atender a sua 'vastíssima' clientela na terra brasílis, ou está todo mundo reclamando dos produtos da nutella...

é um descaso monstro com alguns setores dentro de uma empresa, como o atendimento ao cliente. que se fodam os clientes, pensam eles em alguns momentos. tenho certeza. clientes xaropes que não sabem de nada. é assim na maioria dos pensamentos mais íntimos.

o manchester não sabe se come a nutella. vou checar até se essa porra não é feita com 'ingredientes' transgênicos. vou tentar ligar lá de novo...

... resistência máxima.

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[atualização I] segundo a lista do greenpeace os produtos da ferrero do brasil não usam transgênicos.

[atualização II] falei com o pessoal do sac da ferrero do brasil e a letícia me disse que "isso é gordura do próprio creme, que dependendo das condições de armazenamento, pode ocorrer esse tipo de fenômeno". também disse que eu poderia trocar o produto, caso fosse do meu interesse. preferi mandar bala mesmo, da próxima vez eu troco.

16.9.08

elogio à crase[com crase]

por[pablo reynoso]Pensei que a última vez que meu amigo Hernán ouviria gente que reclama da crase fosse numa das aulas de português há muitos anos. Coisa distante, que ficou lá pro primário. Mas, não. Não ficou.

E não é que voltaram a atormentar o pobre do acento? Será que é só porque ele é ao contrário? Antes fosse. Reclamam é porque não sabem usá-lo mesmo. É de inconformar. E gente que teria a função de informar o povo, também não gosta dele. É até admissível que algumas pessoas não saibam, afinal, já diria a mãe de Hernán, "ninguém é uma enciclopédia ambulante".

Mas não é isso. É que uma confabulação de alguns donos da palavra sugeriu extinguir, acabar com a pobre da crase! Que absurdo. Cúmulo da falta de conhecimento. Será que um médico cirurgião então não precisa saber trabalhar com um bisturi? Socorro!

O que me resta é mandar um abraço à crase. Com crase. Eu gosto dela.

11.9.08

do morro [discurso aos medíocres]

e do alto do morro ele gritou. como se todas as energias daquele gritar transformassem os sonhos em realidade, e as injustiças seriam adulteradas em forma de justiça.

"lá, bem prá lá pro lado das outras vidas. aquelas que serão mais agradáveis. que serão mais loucas, mais intensas. receberemos os medíocres de braços abertos. fiquem à vontade nesse mundo de hipocrisia e desigualdade. onde quem pode mais é aquele que tem dinheiro. fodam-se os medíocres, que se danem os homens de pouco caráter, que tiram do cidadão o direito de deixar suas vidas menos pesadas, dolorosas...

toda noite ele gritava isso. ficou rouco, é claro, muitas vezes. e o discurso era imenso.

após acabado o discurso que executava [quase] todos os dias, aproveitava para organizar as operações do dia seguinte. no seu negócio lucrativo, mas não para ele. mas sim, para os homens de colarinho branco. aqueles mesmo que entre ano e outro exploram as mazelas da sociedade em próprio benefício, e de seus pares.


seu negócio era sinistro. ele sabia disso.
trabalhar no tráfico tem suas conseqüências.

o morro era o do cantagalo. terra de bezerra da silva.

salve bezerra!

6.9.08

pagamentos[finalmente]

agora sim. manhã de sabadão e todos os pagamentos em atraso foram cumpridos. tudo bem que mais uma vez quem pagou primeiro foi a empresa mais pobre. os ricos, como a editora agosto[de deus] e o grupo município, foram os últimos a pagar. sempre naquele esquema final do expediente. "pagaremos no dia tal", mas sempre é "o dia tal mais um".

agora sim. o justo.

3.9.08

atualização[grupo município] e afins

gostaria de contar aqui que mais um personagem entrou na história do quase-calote do grupo município. a secretária, que sabiamente eu não alcunhei de secretina como a outra da editora agosto[de deus], me pediu para checar com a minha instituição bancária se havia algo errado com a minha conta. e não foi que solucionou o caso?

[a secretária do grupo munícipio é a verdadeira secretária. disposta a solucionar os problemas e em nenhum momento colocou a culpa no sistema, ou na posição dos astros no dia do pagamento. nota dez para ela, que ainda me disse que se não cair na sexta-feira "a gente assalta um banco"]

a gerente do meu querido e amado banco me disse que o número do banco havia mudado, apesar de eu ter visto há exatos 30 dias no site antigo do banco [que foi comprado pelo banco daquele empresário, que morreu outro dia e tem nome de pedra]. ou seja, nenhum problema de pagamento não-feito fica isento de contar com uma cagada bancária.

agora disseram que vão fazer o pagamento... mas só na sexta-feira (dia 5). o mesmo dia que a secretina da editora agosto[de deus] prometeu que pagaria. vou esperar a coincidência se concretizar. não é lindo?

ps — tem uma revista que eu escrevo regularmente e entrego as matérias sem atraso, na maioria das vezes, que havia comentado de um certo cascalho que estava para cair. assim como as grande coorporações, também não cumpriu ainda com a promessa. dessa vez, foi a pobre "gráfica que descontou um título antecipado e deixou a conta da revista" no vermelho. e eu com isso?

'ou seja galvão', como diria um comentarista almofadinha de fórmula 1, a gráfica recebeu.

e eu? claro que não. [ainda]

2.9.08

êta fase[de novo calote pintando?]rs

depois da saga [que ainda não acabou] do semi-calote que por enquanto recebi da editora agosto[de deus] foi a vez de 'descobrir' que outro grande centro da imprensa brasileira, o grupo 'Município', também não cumpriu com sua, mínima, obrigação.

eu, pelo menos, cumpri a minha da melhor maneira possível durante os jogos olímpicos da hipocrisia. mas, infelizmente, alguma coisa deu errado com o meu pagamento [que não foram os dados que passei, porque acabei de checá-los na planilha da secretária — essa ainda não pode assumir a alcunha e ser comparada com a secretina da editora agosto(de deus), pois].

acho que vou colocar um computador debaixo do braço e ir embora pro manchester.

será que me deixarão passar na portaria com ele? posso receber o salário na portaria também?

vou tomar um banho de sal grosso. na miúda, com esperanças de que a zica passe logo.

eita fase do caralho!

tevê a cabo[de encher o saco]

tava aproveitando a brecha que a net deu para seus assinantes pobres. aqueles que não podem pagar pelo pacote maxi-plus-mega-hiper descolado, com 80 canais gringos e 30 outros de pay-per-view de cinema. enquanto manchester prepara mais uma de suas intervenções urbanas, que tô pensando se vou registrar, coloco no canal brasil. um dos preferidos quando rola o boi da net junto com o history channel...

eis que vejo a chamada do filme baixio das bestas, que muito me deixou curioso quando assisti um bate-papo com o diretor, cláudio assis. o cara me pareceu um idealista nato. na linha do comunismo, talvez. mas o comunismo não é mais o comunismo, assim como o socialismo. mas isso pouco importa. o lance é que quando vi o matheus nachtergaele, que deve ser o protagonista do filme. foi então que me bateu uma certa preguiça.

ver o cara ali, falando com as câmeras, me tirou a vontade máxima de ver o filme. o trabalho do ator é maravilhoso. só que os atores dessa linha, oriundos do norte-nordeste do brasil, são hipervalorizados no sudeste, por exemplo. matheus nachtergaele é endeusado em são paulo. gero camilo é outro reverenciado pela elite da classe teatral paulistana. wagner moura nem se fala. e o parceiro lázaro ramos aparece de hora em hora na televisão. igual resultado da tele-sena.

não que o trabalho deles não seja bom, ótimo, qualquer que seja o adjetivo. o lance é que eles enchem o saco aparecendo a todo momento. perde-se então a admiração máxima. o nachtergaele por exemplo, não só apareceu na chamada para o filme, mas também estava sendo entrevistado em um documentário sobre a lucélia santos. e estava no filme que veio na seqüência. não me lembro o nome. uma overdose de nachtergaele. uma hora enche o saco. como várias coisas na vida. e troca de canal.

sei lá, o selton mello aparece bastante também, mas não costuma fazer novela.

será que é essa a causa maior para a minha rejeição ao pessoal do norte-nordeste, a novela? será que e é preconceito da minha parte? será que eles não são tão bons como a elite teatral paulistana costuma alardear por ai? qual o motivo de tanta pagação de pau para alguns, e pouco [talvez nenhum] reconhecimento para outros atores/artistas? a mídia abusa do improvável [na visão da mídia, por exemplo, uma pessoa humilde sair do interior de pernambuco, mostrar seu trabalho e ainda ser reconhecida]? será que o selton mello causa menos impacto [se causa] por conta da sua vivência na região sul-sudeste do brasil? será que ele é mais paulista/carioca e irrita menos?

não sei, são tantas as questões... que nem mais com 'grandes vontades' fiquei de ver o filme.

27.8.08

manifesto[do otário]sobre trabalho

o otário pegou um texto para uma revista mensal da editora agosto[de deus]. ele elaborou a pauta primeiro. um parceiro havia lhe colocado no fechamento daquela edição. gente fina, lutou para conseguir um trocado maior para o otário. depois de aprovada a pauta sobre os jogos olímpicos da hipocrisia para a revista, daquelas que são criadas com o intuito de vender anúncios, mas que são empurradas como a salvação em termos de grade de programação.

uma pauta enviada. e a graça alcançada pelo otário. 30% de aumento. a pauta bem feitinha deve ter chamado a atenção de quem comanda a grana. comoveu o pessoal da editora agosto[de deus]. o otário então fez tudo bonitinho. ficou contente quando aprovaram uma sub em que explicava a situação dos monges que apanhavam dos comandantes do país vermelho. comunistas. tudo foi enviado rapidinho, no prazo estipulado. o intermediário foi o amigo, que saiu de cena.

ficou então a negociação para receber o cascalho pela sua dedicação, que o otário admitiu não ter sido tão complicada manter. foi até um mel na chupeta. como o amigo havia prevenido, quando o otário falou sobre suas inseguranças e a possibilidade do trabalho ser infinito. a lei da mais valia é constante, ainda mais na editora agosto[de deus], com seus programas de trainee, iludindo e inutilizando para o bem uma geração de pessoas que poderiam ajudar mais os seus iguais.

receber o que lhe era de direito não foi tão fácil, como havia sido nas outras vezes que gastou tempo trabalhando por lá. da primeira vez que ligou para a secretina hipócrita da editora agosto[de deus] sabia que tinha ultrapassado o prazo. ela perguntou ao otário se gostaria que ela conversasse com o rh da editora agosto[de deus] para 'dar um jeitinho' na situação. o otário, como todo bom otário, disse que não. que "sabia que estava fora da regra do sistema deles".

afinal, descobrir que poderia receber o levado pelo préstimo de seu trabalho somente 53 DIAS [1 mês e 21 dias, ou sete semanas] após o término dele não seria o problema. o otário então foi até a sede da editora agosto[de deus]. assinou os papéis e confirmou que só receberia o levado no dia estipulado, ao término dos 53 DIAS. o otário acreditou e se programou em cima disso. passados os 53 DIAS nada do cascalho cair na conta. o dinheiro acabando, e nada da grana cair.

foi então que o otário resolveu ligar para a secretina, o diálogo foi o que se segue:
— alô. quem fala? sou o otário, secretina. fiz um freela para a revista da editora agosto[de deus] e, pelo que anotei no dia que assinei os papéis era para ter caído hoje, e nada.
— ah, otário. sei. me passa o seu cpf. tá. agora passa um telefone, eu te ligo. obrigada.
tu, tu, tu, tu, tu...

o dia se passou, o otário gastou o dia preocupado, sem aproveitar o tempo livre conquistado após 18 dias seguido cobrindo da redação [da outra marginal] os jogos olímpicos da hipocrisia. precisava do dinheiro para comer. não que estivesse passando fome. mas gostaria de curtir aqueles dois dias. dias de gozo e tesão pelo sol. queria registrar o céu.

no dia seguinte, logo cedo, 9h47:
— alô, secretina. sou o otário de novo. tô ligando para...
— nossa, otário. eu nem te liguei ontem, né? tava maior correria aqui.
— sei. e...
— olha, eu tava olhando aqui com o rh e o seu pagamento está previsto para daqui 15 DIAS. a minha diretora só aprovou a conta depois do prazo e...
— e eu vou receber o meu levado só depois de 69 DIAS que eu entreguei tudo? pôxa, se eu soubesse que meu pagamento não iria cair nesse dia, não teria ido ai na sede da editora agosto[de deus] no meio daquela chuvarada toda que caiu em são paulo.
— é mas...
— quando eu estava fora do prazo, eu mesmo assumi que tudo bem, que não poderia ter ido mesmo assinar os papéis por conta de uma gripe, e que não havia problema algum receber 53 DIAS depois. mas me programei pra isso. e agora você me diz que sua diretora não assinou...
— mas é coisa do sistema aqui. não vai dar pra mudar. mas eu vou mandar um emeio pro rh agora, perguntando sobre o que pode ser feito e te dou um retorno.
— tudo bem. mas por favor, teria como REALMENTE me retornar, porque eu preciso me organizar, descobrir de onde eu posso tirar dinheiro? sou otário, mas não sou burro.
— pode deixar que eu retorno. tchau
— tchau.

passadas 2 HORAS:
— alô, otário?
— é ele.
— é a secretina, tudo bem? acabei de receber um emeio agora do rh e eles anteciparam o pagamento para o dia 5.
— tudo bem.
— então tudo bem.
tu, tu, tu, tu, tu...

24.8.08

equipamento[de monstro]

tenho me aventurado na arte da fotografia. meu equipamento ainda é modesto, mas também não é pouca coisa. um corpo da canon, três lentes, um flash e um tripé. com isso, se fosse bom para caralho [com bastante estudo e experiência], já conseguiria fazer de [quase] tudo. mas pra's olimpíadas de pequim eu não poderia ter ido. ha ha ha.

olhem só a quantidade de equipamento que o fotógrafo de nova iorque, vincent laforet, levou pra pequim. agora dá para entender um pouco do porquê que uns lambe-lambes cabulosos conseguem extrair o máximo do momento e registrá-lo no filme, ou no ccd.

nada de inveja, muito pelo contrário. é só admiração mesmo.
tem mais imagens aqui.

16.8.08

do [irritante] metrô...

... nos vagões, as pessoas costumam comentar sobre poucos assuntos:

ou falam da vida dos outros, ou falam sobre dinheiro ou metem o pau no trabalho.

— e você, fala sobre o quê?
— eu não falo. escuto o que entra sem pedir, mas prefiro um bom reggae.

no melhor estilo usain bolt.

14.8.08

me recuso

todas as manhãs tenho de escolher a quantidade de realidade que vou encarar naquele dia. pelo menos até o momento em que as responsabilidades estejam completadas, e a régua já tenha sido passada. a cada pílula de 'veneno da verdade' ingerida, mais absurdo e incoerente o mundo parece, como o ser humano, ser. a vontade de se dar melhor que a pessoa ao lado, a qualquer custo, acaba refletindo. no dia. o próximo que se foda.

a verdade não é tão legal assim, não por acaso que os publicitários conseguem cada vez mais manipular os desejos e as necessidades reais. a publicidade só funciona para vender. na hora de educar ela é falha. um cartaz indicando que você não pode beber, e se beber não dirija, não consegue se impôr diante das bundas que estimulam o consumo da bebida, por exemplo. o objeto pouco importa. da mesma forma que o bem-estar de quem esteja ao lado importe menos. ainda.

vou tentar maneirar nas doses de veneno... senão fica complicado encarar a realidade da maioria. e é nesse plano que pretendo ficar por uns tempos. descer ao fundo da piscina e depois retomar as braçadas valorizando o fôlego e a respiração conquistada.

mas eu prometo que me recusarei a aceitar a decisão.

12.8.08

8.8.08

proporções[cabulosas]

a rotina mudou de repente e a memória passou a funcionar de maneira diferente. lembranças antigas, do tempo em que nem sabia direito o que seria a vida [não que agora eu tenha absoluta certeza disso]. início de relações que perduraram firmes na vida. pessoas que passaram por experiências tão cabulosas, dolorosas, agressivas... mas tudo na proporção certa. no momento da crise, as coisas podem parecer monstros que não existem na verdade. apenas assombram. basta não se entregar.

5.8.08

olha ela ai!

finalmente, a chuva caiu!

30.7.08

passa a bola, giba!

o giba disse que vai devolver o 'tapa' [na cara?] que o estados unidos deram na poderosa equipe de bernardinho na semifinal da liga mundial de vôlei. a coisa foi feia mesmo. já que os poderosos e gostosos jogadores de vôlei estavam competindo no brasil, mais precisamente no rio de janeiro, diante da histérica e comprada torcida do banco do brasil.

mas eu queria dar uma dica pro melhor jogador do mundo:
PASSA A BOLA, GIBA! PORQUE OS AMERICANOS JÁ FIZERAM A CABEÇA!

corre a boca miúda que o melhor jogador de vôlei do mundo não parou de consumir a maléfica cannabis depois que foi flagrado no antidoping, em 2002. disse que ficou até arrependido por ter consumido a maldita erva na época.

não é bem isso que já escutei de pessoas ligadas ao vôlei. pessoas que conheceram o cara antes de virar esse fenômeno. antes de sair do anonimato. muita fumaça subiu pra cabeça antes de cair nas graças da rede grôbo e das grandes coorporações.

pra mim, como pessoa, giba é um grande jogador de vôlei.

29.7.08

tutube [doc. rasta]


o mais puro rasta, rasta!
o som, as palavras, a tranqüilidade.
os batuques que ecoam e aliviam.

jah, ras tafari!
haile selassie, o primeiro

ps - a olhadinha pra trás e o que vem de discurso a partir dos 5min45 é sonoro.

28.7.08

eua na crista golpista

uma ong americana, a national security archive, divulgou um relatório. diz que os estados unidos estavam envolvidos no golpe militar contra hugo chávez em 2002, na venezuela.

o que será que os ianques irão declarar desta vez?

25.7.08

viva o pedestre [o enjeitado] pelo poder público

escrevi ontem sobre a situação e a conivência das autoridades com as infrações de trânsito em são paulo. enquanto a populista lei seca [porque tem a missão máxima de elaborar bons números e estatística para ser usada em campanha eleitoral] é aplicada com subjetividade e esperteza, os pedestres não conseguem que as mínimas leis destinadas a quem anda na rua em são paulo sejam respeitadas, sobretudo, pela turma dos veículos motorizados.

por coincidência ou não [eu ainda não sei ao certo como chamar isso, mas tem acontecido muitas vezes e não é só casualidade], a coluna 'tendências e debates' da folha de s.paulo de hoje [25.jul.08] abordou um tema interessante para nós pedestres. [nota: nem carteira de habilitação tenho]. mas como os principais textos da folha na internet são apenas para o gloriosos assinantes, eu vou reproduzir o texto escrito pelo bacharel em direito cássio schubsky.
------TENDÊNCIAS/DEBATES:

O PEDESTRE NA MÃO

CÁSSIO SCHUBSKY


É impressionante que, em meio a todas as promessas sobre o tema da mobilidade (ou imobilidade), o pedestre fique totalmente esquecido
AS ELEIÇÕES municipais estão se aproximando, e a mobilidade _talvez fosse melhor dizer a imobilidade_ desponta entre os temas prediletos das candidatas e dos candidatos à Prefeitura de São Paulo (e, certamente, de outras metrópoles Brasil afora).

Pudera: trânsito infernal e sistema de transporte público precário produzem um resultado nefasto, afetando o cotidiano de todo mundo. E, apesar dos alertas dos especialistas em transporte público e planejamento urbano, ano após ano, o trânsito só piora, e a velocidade média de carros e ônibus diminui. O Metrô e os trens, por seu turno, estão cada vez mais saturados, com excesso de passageiros _novas estações vão sendo construídas, sim, a passo de tartaruga. Para completar o cenário, os recordes sucessivos de produção da indústria automobilística nacional apontam para um futuro ainda mais tenebroso.

É claro que, às vésperas do pleito municipal, não faltam malfadadas soluções milagrosas. Há quem garanta que vai construir dezenas e mais dezenas de quilômetros de metrô, com recursos que nascerão nas árvores.

Abundam promessas de implantação de centenas e mais centenas de corredores de ônibus, com dinheiro que vai brotar do chão. Sem falar nas idéias de jerico, de que o Fura-Fila talvez seja o melhor exemplo. Só falta agora o trenó do Papai Noel para melhorar o transporte de passageiros...

Pedágio nas marginais, ampliação do rodízio, mais restrição aos veículos de carga _o eleitor pode dormir tranqüilo, porque, depois das eleições de outubro, tudo vai melhorar.

Não é preciso ter nenhuma bola de cristal para perceber que, quando os votos estiverem computados, acordaremos, e o tráfego vai piorar, como num pesadelo. E certamente não teremos sonhado _pois tudo é demasiadamente real.

É impressionante que, em meio a todas as promessas, o pedestre fique completamente esquecido. Talvez eu esteja muito desinformado, mas não li, nem vi, nem sequer ouvi uma única declaração, até agora, sobre propostas de melhorias para essa larga fatia da população, ou seja, quase todo mundo, que, uma hora ou outra, ou todo dia, ou sempre, anda a pé.

Como não sou candidato a nada, porque, naturalmente, o meu negócio é batucada, ofereço, de bandeja, algumas sugestões de fácil consecução para melhorar a vida do pedestre.

Em primeiro lugar, é preciso rigor extremo com os buracos nas calçadas.

Já existe norma legal obrigando proprietários de imóveis a manter o trecho fronteiriço à sua propriedade em bom estado. No entanto, qualquer estatística no setor de fraturas de prontos-socorros e hospitais demonstra a estúpida quantidade de vítimas de lesões graves em cabeças, bacias, ombros, pernas, tornozelos, cotovelos, braços e antebraços, muitas delas causadas por calçadas esburacadas.

Como a Justiça não previne eventuais danos pessoais e é lenta para reparar os males materiais efetivamente causados, cabe à prefeitura, creio, punir os irresponsáveis. Ou seja: vamos deslocar um contingente de marronzinhos para multar os criadores de crateras no calçamento. E, se não puderem ser os marronzinhos, que sejam os azuizinhos, os verdinhos, os rosinhas _qualquer cor serve.

Ampliar as faixas de pedestres, com pinturas e repinturas, é algo tão simples que não dá para entender tanto descaso. O mesmo para os semáforos em vias movimentadas. Exemplo gritante: no entorno da praça da Sé, em larga extensão, faltam semáforos, por incrível que pareça.

Chegou-se a ensaiar a implantação de faróis para pedestres mostrando o tempo disponível para a travessia. Vi um assim, outro dia, no largo São Francisco e fiquei até animado. Doce ilusão. Nem esse existe mais. Sumiu.
Então, o negócio é correr dos carros para não ser atropelado _isso se você não for idoso ou pessoa portadora de deficiência, que padecem ainda mais que os demais pedestres.

Ora, andar faz bem para a saúde física e mental, desde que as condições para o transeunte sejam adequadas. Depois, pedestre nunca anda na contramão, nem atropela, nem sequer excede a velocidade permitida.

Por fim, há de se considerar uma grande vantagem que leva hoje o pedestre sobre o motorista que se locomove (loucomove!) por aí: quem anda a pé está fora da Lei Seca, podendo se alcoolizar e sair fazendo serenata, tropeçando no meio-fio sem que, por isso, a autoridade constituída venha a entubar-lhe um bafômetro goela abaixo (medida sóbria, aliás, cujos efeitos positivos já se fazem sentir à farta). É a volta do bêbado com chapéu-coco, fazendo irreverências mil, cambaleando nos buracos, escapando dos carros nas esquinas sem faixa ou semáforo.

Viva o pedestre, o enjeitado pelo poder público!


CÁSSIO SCHUBSKY, 42, bacharel em direito pela USP e em história pela PUC-SP, é editor e historiador.