30.8.07

outra deusa[nina]

não criei esse espaço pra falar de música. adoro música, realizo um modesto e humilde trabalho de pesquisa, mas nunca foi a minha escrever sobre música. gosto de falar sobre música. a variabilidade de arranjos, de notas, de sons que uma boa música disponibiliza é muito grande. por isso acredito que falar de música é mais gostoso que escrever. porque o papo flui mais solto e livre que a escrita. por isso.

e também por isso que têm pessoas certas para escrever. como é o caso no groove livre. capitaneado pelo serjão [carvalho], um dj de responsa, pesquisador musical de 'milianos'. que entende do riscado. toca em algumas noites especiais do sambacana groove, ali no copan. no centro de são paulo. mas não é por isso que comecei esse textinho.

comecei porque queria dividir um vídeo delicioso indicado pelo gui valiengo [eita]. moleque urbano, grafiteiro, artista e arteiro das ruas de são paulo. espalhando cores e significados aos que vivem no dia-a-dia da cidade grande. vídeo, aliás, que não descobri a data. mas é ao vivo [hahaha]. nina simone. maravilhosa.

coloquei ali no tutube[venenoso], na barra ao lado, para facilitar a visualização dos que não têm preguiça de clicar e conhecer as dimensões da internet. para os que forem até o final, boa viagem. [tô engraçado hoje]

o serjão carvalho acabou até escrevendo um pouco sobre a nina simone. ah, no vídeo, ela canta a música ain't got no... i've got life.

nina simone
por [sérgio carvalho]

Nina Simone era uma deusa, não uma diva, uma deusa do Blues, do Jazz, do Rock e da Eletrônica também [é uma das cantoras mais sampleadas]. Filha de pastores metodistas ela adotou seu nome artístico aos 20 anos para poder cantar Blues [a então música do diabo] nos cabarés americanos.


Nina foi uma artista que também sofreu muito com o preconceito racial, e se engajou a tal ponto no movimento, que cantou no enterro de Martin Luther King. Além de sofrer com o racismo, teve vários problemas em casa. Foi casada com um policial de nova york e foi agredida várias vezes por ele.


Teve um histórico pesado com as drogas e bebidas, o que nunca fez questão de esconder. Mas, quando subia no palco e cantava, era como um remédio para os ouvidos e mentes de todos. A emoção como ela cantava era algo sobrenatural, como por exemplo, quando ela dizia os versos de Ain't Got No/I Got Life: “Tenho vida, tenho minha liberdade/ Tenho a vida”.


Para chorar, mas ao mesmo tempo para se erguer e saber que uma deusa já passou pela terra.

8 comentários:

Sangue de Barata disse...

ganhou mais um leitor.
abs.

Anônimo disse...

muito bom o video da Nina Simone!! Só deixo vc postar o da Amazonia aqui se me liberar o da diva... :)

abração!

Anônimo disse...

demorô, jorgê... escambo confirmado da minha parte. hahaha. vamos divulgar o máximo possível mesmo.

pôxa, sangue, será interessante a sua leitura e interação. até porque não acredito que muita gente passe por aqui. mas eu não desisto. rs.

abração
fabrício

Anônimo disse...

cara, leio quase sempre, apesar de não comentar com a mesma frequencia. Quanto à frequencia, esquenta não, é normal. Pense de outra forma: se vc conseguir despertar boas idéias na cabeça de 50% dos que te leem, já vale. Não se deixe levar pelo numero de visitantes... isso é competicao bocó de jornalista. O que vale é a palavra que vc espalha por aí. Abração!

Anônimo disse...

querido, leitura do dubem é obrigatória. video genial o da nina.
Moura

Anônimo disse...

Estilosíssima!
Cantando tranquila como quem troca uma idéia.
Brincando com a voz sem encanações, sem medo de errar sem nada.
Linda! Demais!
Essa é foda!!!

Cadê uma dessa aqui para nóis?

Ana Cancello

deds disse...

fabri, meu velho. nina simone. som lindo, profundo e sincero. desde sempre. abraço.

Anônimo disse...

ôpa, jorge... bacana, verdade mesmo. o que interessa é a intenção. se for boa, é o que vale. obrigado pelas palavras.

demais, ana. a mais pura simplicidade. sem grilos.

diga lá, giedre. a preta é demais. tem mais videos desse show no harlem. tem no youtube

ded´s, que prazer. quero saber como foi a exposição. passei por maus bocados, não fui. a gente se fala.

abraço