13.2.07

soluções juvenis pós-garotinho

o juiz wálter fanganiello maierovitch conhece como poucos os meandros do narcotráfico e da atuação da máfia italiana. logo, é um exímio conhecedor da cultura das drogas ao redor do mundo. tem coluna na revista carta capital, é presidente do instituto giovanni falcone, é uma referência quando o assunto tem a ver com o código penal e as drogas. há quem diga que é um grande picareta, oportunista. mas até aí, nunca se provou nada.

o lance é que o governador do rio de janeiro, sérgio cabral (PMDB-RJ), sucessor de anthony garotinho, resolveu disparar algumas pérolas para desviar o foco do bárbaro crime cometido pelos pé-de-chinelo no rio de janeiro. depois de dizer que cada Estado brasileiro, "como nos estados unidos", deveria ter autonomia para legislar, ele mudou o foco para a legalização das drogas, mais precisamente da maconha.

sérgio cabral tá parecendo técnico de futebol que prefere culpar os gandulas, o juiz, a torcida, o tipo de grama, a fase da lua... para justificar a derrota de seus times. o problema é um, ele logo arrumou outro assunto para chamar a atenção da mídia. mais um dos espertalhões. só que maierovitch deu sua opinião sobre o assunto. e vale a pena dar uma conferida.

claro que esse é um assunto muito importante, deixar de classificar os usuários como traficantes. é muito simples pensar que o usuário é quem alimenta o tráfico. é um pensamento norte-americano e leviano. burro. a questão é muito mais complexa que isso. o buraco é bem mais embaixo. todos sabem, mas fecham os olhos para isso. ninguém quer discutir.

[mais]informações:
gabeira fala sobre a declaração de Cabral
growroom - blog sobre cannabis
instituto giovanni falcone
artigo do portal narconews sobre drogas no brasil e democracia na américa latina. vário assuntos sobre a AL

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