21.2.07

do oriente médio à américa latina

por[emiliano cienfuegos]

começou com 40 mil soldados. hoje, o primeiro ministro britânico Tony Blair declarou que irá retirar mais soldados do Iraque. enquanto os Estados Unidos, de George W. Bush, têm coisa de 132 mil soldados no iraque, o Reino Unido pretende reduzir os atuais 7.100 homens para 5.500 soldado
s. as mães do reino unido agradecem a atitude.

quem deve estar ainda mais preocupado é bush filho. ele já anunciou que mandará ainda mais 21.000 militares norte-americanos ao iraque e vê o seu maior 'ajudante' no Oriente Médio recuar. é a mais clara definição de que o norte-americano está mesmo cada vez mais fraco politicamente. não tem aliados explícitos com teve outrora.

por isso começa a voltar seus olhos para a América Latina. vem ao Brasil em março para fazer graça com o presidente Lula. na Argentina, onde o processo eleitoral está prestes a começar, ele nem vai dar as caras. Néstor Kirchner não quer vê-lo nem pintado de ouro. somente lula recebe bush na américa latina de forma acalorada.

mas bush não virá aqui à toa. a idéia principal, como o governo norte-americano já demonstrou em outras ocasiões na região, é transformar lula em seu porta-voz diante dos agressivos presidentes de esquerda, centrados na figura de Hugo Chávez [Venezuela] e Evo Morales [Bolívia].

a verdade é que como não poderá derrotar explicitamente, na base da política, nem chávez ou morales, bush vai tentar interferir na relação entre os países latinos. vai tentar jogar lula contra chávez, morales contra kirchner... só assim ele vai conseguir, depois de terminar o trabalho sujo no oriente médio [talvez antes], impôr instabilidade política por aqui.

enquanto isso, lula e seu governo, se preocupa muito com exportações para a Europa, com o vôo de galinha da economia e, como agora é a mais recente modismo, com o aquecimento global e suas catástrofes anunciadas há décadas.

lula não vê que o verdadeiro progresso está aqui ao lado, em governos que adotaram uma postura moderna nas relações políticas na américa latina, onde elaboraram [ou estão no processo de] uma nova Constituição. o bonde continua passando, e ele não vê. quem perde, como sempre, é o Brasil.

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