gosto muito de trocar idéia com rafael crespo. o cara, de vez em quando, tenta irritar um pouco [ele mesmo já confessou: 'sou carioca, porra!']. mas mesmo assim eu acho interessante o papo que a gente leva aqui no estúdio [james] bong, na casa do mancha. domingo após o expediente é quase fatal. e sobre futebol sempre rola um lero. a gente troca idéia de torcedor. eu sou fla e ele é flu.
poucos momentos atrás, rafael deixou o trabalho no bong de lado pra falar da contratação do ronaldo fofucho pelo corinthians. e ele definiu bem a história. definiu em uma frase como o futebol hoje em dia deixou de ser esporte para se tornar um frasco de produto volátil. perde a essência a cada dia.
disse rafael. "o são paulo foi campeão brasileiro pela sexta vez, é hexa, levou o terceiro título seguido no campeonato de pontos corridos, com uma infra-estrutura invejável... [blá, blá] mas, ninguém fala mais de são paulo na imprensa. o ronaldo fenômeno é muito mais importante do que os feitos do são paulo". é verdade, fez uma semana e nada mais de são paulo. nem as mais piegas pautas pegam mais.
e é justamente o que a mídia espera. que apareça sempre um galho novo para que possa ficar pendurada. para não dizer que o peso recairá sobre o lombo de um ser humano [são inúmeros os nomes, inclusive nas mais variadas áreas da 'exposição pública']. depois que ele começar a treinar irão analisar a barriga dele. o joelho. o cabelo. os costumes. as ações clandestinas. e nem se sabe se ele [e quando] vai jogar bola de novo.
futebol é produto. coisa muito distante do que seria considerado futebol de verdade, visto 20 anos atrás, talvez menos. além de ser produto, é o reflexo da mídia brasileira. da grande imprensa sobretudo. se é assim no futebol, imaginem nas outras áreas. 'exposição, exposição, que venha mais', grita quem manda.
êta vidinha que evapora rápido.