5.5.07

cultura de virada

da costa fala que todos os convites [para festa, show, teatro, boteco, almoço, conversa...] são imperdíveis. e isso causa um certo problema na hora de comunicar que não vai aceitar o convite. rola uma pressão natural de quem convida. e parece que é isso que rola com a virada cultural, realizada a cada 365 dias na cidade de São Paulo. 24 horas de cultura. para todos os tipos, tribos, gostos, espécies, gêneros, sabores...

a qualidade das apresentações, pelo menos as divulgadas em exaustão pela mídia, é boa. vários figurões. o cult raul de souza, o maldito jards macalé, o beberrão joão donato, o maluco beleza gerson 'king' combo... são muitos. isso é fato consumado. não é essa a questão. o lance é que rola a pressão. parece que se você deixar de ir ver alguma coisa da virada cultural, é porque você é ruim da cabeça, ou doente do pé. "como assim?"

primeiro seria interessante que a virada cultural fosse diária, semanal, mensal... a cultura tem de ser aplicada no dia-a-dia. de forma mais contundente. não em doses cavalares apenas. é legal que tenha uma virada, mas também é legal que tenha apenas minutos de cultura espalhados por aí todos os dias. arte espontânea, cotidiana, e também apoiada pelo município, com a utilização do espaço público. incentivo.

falta cultura no dia-a-dia das pessoas, claro. por isso é que poucos têm chance de cuspir na estrutura, de questionar, de lugar pelos direitos. que bom que exista a virada. que não acabe nunca. mas seria melhor se fosse constante. viva a virada constante!

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