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os bonitos, todos vestidos com a marca do momento, mas querendo fazer o estilo maloqueiro. eles gostam disso. mesmo com a ostentação, em alguns momentos, como aquele, tinham a intenção de passar por humildes. isso eles não eram. não mesmo. por isso soava falso. não era legítimo. não tinham a ver com a realidade que os clientes buscavam.
mas o qual realidade buscavam? é aquela onde uma trilha sonora encaixa bem com personagem. em grande parte fazendo papel de imbecil, para que o produto [a verdadeira estrela] não seja visto em segundo plano. o produto é maior que o personagem, por mais que quem execute a função de personagem tenha talento. uma musiquinha tosca bem encaixada, e será um sucesso na mídia.
aquele teste foi mesmo diferente. porque quando notou realmente o espírito da coisa, ele se revoltou. a beleza plástica ao se redor não foi fator inibidor para a sua revolta. quando chamado pelo serviçal do diretor, o popular 'aspone', ficou injuriado com o tratamento. em menos de 15 segundos, delirou várias maneiras de eliminar aquela figura da terra.
com um soco na barriga, talvez. mas um soco sutil, sem alarde. na surdina. o mesmo soco que todos os dias pessoas dubem levam em seus estômagos e nem percebem. um soco no estômago covarde. espalhado pelos lugares mais inusitados, elaborado com a melhor trilha sonora, o melhor diretor de arte, a melhor fotografia, a melhor piada, a melhor brincadeira preconceituosa... enfim, o melhor produto [e que se dane os verdadeiros efeitos daquele produto sobre seus usuários].
um salve à publicidade e às idéias geniais dos marqueteiros. obrigado por existirem. a humanidade realmente precisa de vocês.
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